Os 30 melhores episódios de séries em 2025

Seguindo a tradição anual do blog, é hora de selecionarmos os melhores episódios de 2025, um ano que foi recheado de séries memoráveis, finais muito aguardados e momentos insanos (outros nem tanto). Dessa vez, não teve greve de roteiristas, paralisação ou adiamento que atrapalhasse um ano brilhante.

Como de praxe, selecionei os 30 melhores episódios do ano, baseado no meu gosto pessoal (25 séries) e 5 do Gustavo, coautor do blog.

Vamos recapitular as regras para definir quais critérios são válidos nesse post:

- Só valem séries desse ano. Ou seja, qualquer episódio que saiu no Brasil, oficialmente em streamings, entre 01/01/2025 a 31/12/2025. Nem um dia a mais e nem um dia a menos. 

- Ficam as minhas desculpas. Como nos anos anteriores, eu não consegui ver tantas séries como eu gostaria, seja por falta de tempo ou não ter me chamado a atenção. Inclusive, algumas cheguei até a ver o piloto, mas não continuei. Peço perdão de antemão se você sentir falta de séries como Dexter: Ressurection, The Paper, It: Bem-Vindos a Derry, The Lowdown, Alien Earth, entre outros sucessos deste ano que, ou não conseguimos ver a tempo ou realmente não são as favoritas dos autores do blog.

- Além disso, existem séries que eu até mesmo vi, mas não tiveram um episódio sensacional que merecessem estar na lista, como, por exemplo, a última temporada de You. Portanto, não se sinta magoado por uma série X não estar aqui, pelo contrário, comente e me ajude para as próximas listas.

- Também reforço que não valem algumas categorias aqui. É o caso de animações, documentários e filmes que poderiam se enquadrar em séries em geral (ouviram amantes de Invencível e Long Short Story?)

- E por fim, é apenas a minha opinião. Não é algo a ser levado a sério ou para causar intriga, fica apenas de recomendação.

Pluribus foi uma das séries de destaque de 2025

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Top 5 - Piores Séries do Ano

Antes de começar, aqui estão as cinco maiores decepções do ano para mim:

  • Upload: eu amei acompanhar a trajetória de Nathan (Robbie Amell), Nora (Andy Allo), Aleesha (Zainab Johnson) e Luke (Kevin Bigley) ao longo das quatro temporadas. Era perceptível a queda de qualidade entre as temporadas, mas eu tinha uma esperança de que o final fosse melhor. Infelizmente, não aconteceu isso, terminando até mesmo com uma morte apressada de um dos protagonistas, uma pena.
  • The Witcher: você sabe que a série não tem mais solução quando até o ator que faz um dos protagonistas desiste dela. Passando quase despercebida e sem divulgação da Netflix, The Witcher teve uma quarta temporada cansativa. Mesmo a Yennifer (Anya Chalotra) que costumava ser um destaque em temporadas passadas, teve um arco decepcionante nessa. E sabem a pior parte? Ainda teremos uma quinta temporada. 
  • Alice in Borderland: essa doeu colocar aqui. Chegou a ser uma das minhas séries favoritas alguns anos atrás, com duas temporadas perfeitamente finalizadas. Mas seja por questão financeira ou por quererem evitar uma pontinha dúbia a respeito da carta do Coringa, a Netflix deu sinal verde para a produção de uma terceira temporada. Resultado? Jogos chatos, efeitos mal-feitos e falta de apego do público pelos novos personagens. Além disso, os secundários que davam a emoção e graça nas outras temporadas fizeram apenas participações especiais, não tendo destaque. A cereja do bolo? Uma possível continuação em formato estadunidense foi deixada em aberto.
  • Round 6: mais uma vez, uma série de death games com um final sem graça. Embora a trajetória do jogador 456 (Lee Jung-jae) tenha sido consistente, a trama de personagens desinteressantes com finais pífios sobressaiu como um todo. O que foi a história da ilha que nunca era localizada? E o bebê? Para piorar, assim como Alice in Borderland, temos um gancho para a versão dos EUA com a Cate Blanchet. Uma decepção, sem dúvidas.
  • Fallout: por enquanto só saíram três episódios, mas sinceramente? Quanta enrolação! Não chegou aos pés da primeira temporada até agora. Espero mesmo que melhore, pois gosto do elenco e da temática pós-apocalíptica.

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Menções Honrosas dos Melhores Episódios de Séries de 2025

Wandinha (Netflix) - 02x06 - Woe Thyself - a segunda temporada de Wandinha foi tão similar (e em alguns momentos até pior) quanto a primeira temporada, mas se tem um mérito nessa produção que preciso dar o braço a torcer é o sexto episódio. Nele, Wandinha (Jenna Ortega) e Enid (Emma Myers) trocam de corpos e colocam em xeque a verdadeira amizade entre elas. É também o episódio que conta com a participação especial da Lady Gaga, mas isso nem foi tão relevante quanto a atuação das atrizes em questão, que mereceu uma menção honrosa no ranking.

Ironheart (Disney+) - 01x06 - The Past is the Past - outra que, pelo todo, não entraria, é Ironheart. A série da Marvel teve uma péssima divulgação, foi ignorada pela maioria das pessoas, mas tem lá seus méritos, ainda que poucos. No finale, Riri (Dominique Thorne) precisa tomar uma decisão a respeito de N.A.T.A.L.I.E. (Lyric Ross) para conseguir equilibrar ciência e magia para enfrentar uma ameaça esperada há anos pelos fãs do MCU. Pena que tudo ocorreu tarde demais.

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30 Melhores Episódios de Séries em 2025

Confira a lista completa:

30 - Percy Jackson (Disney+) - 02x04 - Clarisse Blows Up Everything

Uma das minhas franquias favoritas de livros está de volta em sua versão televisiva. A primeira temporada esteve nas menções honrosas ano passado, mas dessa vez, conseguiu subir ligeiramente para a última colocação do ranking. É perceptível a melhora dos efeitos e do esforço em tornar o roteiro mais dinâmico. Além disso, Leah Jeffries entrega uma Annabeth mais à vontade e convicta dessa vez. Porém, falta um certo encanto na série, e especialmente, um Percy Jackson mais sarcástico e piadista do que a versão entregue pelo Walker Scobell. No quarto episódio da segunda temporada, a equipe principal é formada e adentra ao Mar de Monstros, tomando a decisão de seguir entre a entrada de Scylla e Caribdis.

29 - The Sandman (Netflix)- 02xSP - Death: The High Cost of Living

A conclusão de The Sandman foi um tanto quanto agridoce. Com fôlego nos primeiros episódios para decidir quem ficaria com as portas do inferno, passando pelo triste conto de Orpheus e finalizando com a despedida do universo que acompanhamos, não faltaram motivos para escolher um episódio para a lista. Porém, o que se destacou mesmo, para mim, foi o episódio especial focado em Didi, a personificação da Morte, interpretada por Kirby Howell-Baptiste. Funciona até mesmo como um episódio próprio, poderoso e necessário para uma conclusão fidedigna.

28 - The Bear (Disney+) - 04x08 - Green

The Bear é uma série que sabe conduzir bem seus personagens a viverem os limites da psique humana. Embora o nível tenha decaído em comparação às primeiras temporadas, a quarta foi um alento após uma terceira conturbada. Embora episódios como o sétimo, no casamento, e o décimo, sobre as decisões de Carmy (Jeremy Allen White) para o futuro do restaurante sejam mais aclamados pela crítica e pelo público, o meu episódio favorito foi o oitavo. Nele, Syd (Ayo Edebiri) recusa uma proposta de trabalho importante. Mas minha cena predileta acontece entre Tina (Liza Colón-Zayas) e Luca (Will Poulter), falando acerca de conviver com a pressão no dia a dia. A cena me fez refletir com questões pessoais e, por isso, me marcou de certa forma a ponto de merecer uma menção no ranking deste ano.

27 - Acapulco (Apple TV+) - 04x05 - In The Air Tonight

Acapulco, série da Apple TV+, foi encerrada neste ano de 2025, e o quinto episódio da quarta temporada não é apenas um dos melhores do ano, mas facilmente de toda a série. Segundo o Gustavo, é o clássico episódio de “lavar a roupa suja”, funcionando como um verdadeiro acerto de contas para vários personagens. Vemos Máximo (Eugenio Derbez), nosso protagonista, tentando bolar um plano para se reconciliar com seu mentor e, quem sabe, trazer de volta a glória de Las Colinas. Em paralelo, Sara (Regina Reynoso), sua irmã, encara a possibilidade de deixar o México para estudar fora, enquanto o episódio entrega uma grande revelação, quem supostamente causou a morte do vizinho da família foi o próprio Esteban (Carlos Corona), personagem querido por muitos fãs. Ao final, é um capítulo marcado por frustrações e escolhas difíceis, mas que consegue preservar a leveza que Acapulco sempre soube trabalhar ao longo das temporadas.

26 - Black Mirror (Netflix) - 07x01 - Common People

Com episódios que marcaram uma geração no streaming, como o do primeiro-ministro inglês e o porco, Black Mirror retornou para uma sétima temporada que dividiu opiniões. Eu particularmente achei bem melhor que a sexta temporada, com a volta do foco em tecnologia. Porém, apenas um episódio realmente se destacou acima dos outros para mim, que foi justamente o primeiro. Nele, o casal Mike (Chris O'Dowd) e Amanda (Rashida Jones) enfrentam problemas financeiros e adversidades de uma indústria cruel para poderem sobreviver. O episódio funciona como uma espécie de autocrítica às taxas cobradas pelos serviços atuais, em que a Netflix utiliza de maestria e ironia para entregar uma produção emocionante.

25 - The White Lotus (HBO Max) - 03x08 - Amor Fati

Uma temporada que se passa na Tailândia após o deleite anterior na Sicília tinha tudo para ser a mais marcante. Mas não foi bem isso que aconteceu. Poucos personagens se destacaram nesse ano de The White Lotus, mas em especial eu diria que Laurie (Carrie Coon) e Victoria (Parker Posey) foram as gratas surpresas. Por outro lado, a mudança da música de abertura foi errada e toda a trama envolvendo os funcionários do hotel foi desgastante. No último episódio da temporada, descobrimos os verdadeiros assassinatos que ocorreram no resort, tivemos a revelação de alguns dos mistérios e tomamos um leve susto envolvendo um shake de frutas feito em um liquidificador sujo.

24 - El Eternauta (Netflix) - 01x04 - The Creed

A primeira temporada de O Eternauta, série baseada nos quadrinhos da Argentina, tem no quarto episódio um de seus melhores momentos. De acordo com o Gustavo, é aqui que os protagonistas passam a lidar com um conflito ainda maior ao entrarem em contato com forças militares e perceberem que o perigo vai muito além da nevasca mortal. O capítulo é marcado por tensão, paranoia e ótimas sequências de ação.

23 - Peacemaker (HBO Max) - 02x06 - Ignorance is Chris

Diferentemente do que ocorreu com The White Lotus, a mudança de abertura de Peacemaker foi boa (embora ainda eu prefira a primeira). E a trajetória da segunda temporada, com exceção do final desconexo, foi bastante satisfatória. Meu destaque foi o sexto episódio, quando nossos protagonistas entram numa dimensão paralela perigosa, que rende momentos icônicos. Créditos especiais ao incrível Vigilante (Freddie Storma) em dose dupla.

22 - Only Murders in the Building (Disney +) - 05x02 - After You

Minha série conforto que figura todos os anos nessa lista conseguiu, mais uma vez, entregar uma temporada divertida na medida certa. Ao investigarem a morte do porteiro Lester (Teddy Coluca), nosso trio de podcasters formado por Mabel (Selena Gomez), Oliver (Martin Short) e Charles (Steve Martin) precisa lidar com robôs, observadores de pássaros, mafiosos donos de lavanderias e bilionários malucos. O segundo episódio da temporada se destaca por ser uma volta ao tempo no Arconia, trazendo versões rejuvenescidas dos personagens que já amamos e um ar nostálgico, com aquele gostinho de quero mais.

21 - Stranger Things (Netflix) - 05x04 - Chapter Four: Sorcerer

A última série-evento em andamento mostrou a que veio no final de 2025. É hora de darmos adeus às crianças dos anos 80, ao Mundo Invertido e aos demogorgons que ali habitam. O marco geracional, que levou dez anos para ser finalizado, teve um desfecho contraditório na reta final. A primeira parte (episódios um a quatro) foi um pouco melhor para público e crítica. Já a segunda parte (episódios cinco a sete) pecou pela enrolação e por momentos com pouco impacto. O oitavo episódio sai apenas no finalzinho do ano por isso não entrou na lista. Dessa forma, escolhi meu episódio favorito que foi o quarto, quando Will (Noah Schnapp) descobre que consegue controlar os monstros que tanto lhe atormentaram nos últimos anos.

20 - I Love LA (HBO Max) - 01x04 - Upstairses

A partir daqui, começa a ficar cada vez mais difícil escolher os melhores episódios. Começando por uma estreante da HBO nesse ano, temos a comédia ácida I Love LA, que retrata um grupo de jovens amigos tentando dar um salto na carreira pelos bastidores da alucinógena atmosfera de Los Angeles. No quarto episódio, Maia (Rachel Sennott) e Alani (True Whitaker) têm um encontro inusitado com o ator Elijah Wood (interpretando ele mesmo). Tallulah (Odessa Adlon) grava vídeos que vão contra sua índole para o TikTok e Charlie (Jordan Firstman) sai em um encontro com rapaz que ele descobre ser um cantor cristão hétero. Podem parecer tramas desconexas, mas a sátira por trás de cada decisão tomada pelos personagens mostra como o comportamento da Gen Z é volúvel e surpreendente.

Um adendo sobre essa série: ainda estou finalizando a temporada, então considerei apenas até a metade dela aqui no ranking, mas dizem que os episódios finais são ainda melhores, estou ansioso para assisti-los).

19 - Your Friends and Neighbors (Apple TV+) - 01x09 - Everything Becomes Symbol and Irony

Certamente o momento mais intenso da primeira temporada de Your Friends & Neighbors, nova série da Apple TV+ estrelada pelo extraordinário Jon Hamm. Segundo o Gustavo, é aqui que descobrimos a verdade sobre a morte apresentada no primeiro episódio, que ao longo da temporada parecia ser um assassinato, mas se revela um suicídio, com Sam, personagem de Olivia Munn, manipulando a cena para que o protagonista fosse acusado e sua família pudesse receber o seguro. Ao final, é um episódio carregado de culpa e das consequências de escolhas impulsivas.

18 - Overcompensating (Amazon Prime Video) - 01x07 - Welcome to the Black Parade

Já que estamos falando de séries com jovens adoidados, não poderia deixar de citar a série Muito Esforçado, a primeira do Prime Video no nosso top 30 (aninho bem fraco pro streaming, hein?). Foi apaixonante e engraçado acompanhar a trajetória de Benny (Benito Skinner) e Carmen (Wally Baram) pela universidade. Mas o ápice foi quando eles visitam a família de Benny em sua cidade natal e descobrem como os traumas do passado não lhes definem mais. Destaque para Mary Beth Barone, que interpreta a irmã de Benny, Grace, pela cena do karaokê cantando a música do My Chemical Romance que dá nome ao episódio.

17 - Hacks (HBO Max) - 04x09 - A Slippery Slope

A comédia vencedora de Emmy sempre figura na nossa lista, mas dessa vez, eu sinto que esperava um pouco mais da temporada, que passou um pouco despercebida no boca a boca das pessoas. E olha que precisou enfrentar atrasos de cronograma nas gravações devido aos incêndios que devastaram Los Angeles. Mas para quem acompanha a série desde o começo, sabe muito bem que o nono episódio não poderia ficar de fora dessa lista. Nele, Deborah (Jean Smart) decide não demitir Ava (Hannah Einbinder) e abre mão de seu programa. Já Jimmy (Paul W. Downs) tem um ataque de pelanca e Kayla (Megan Stalter) exige que ele seja valorizado.

16 - Abbott Elementary (Disney+) - 04x21 - Rally

Outra série de comédia que virou figurinha carimbada por aqui é a produção idealizada por Quinta Brunson. Em seu ano mais desafiador, o corpo docente da Abbott precisou lidar com dois grandes problemas: um campo de golfe corrupto perto da escola e a temível burocracia do Ministério da Educação americano. Entre mortos e feridos, a diretora Ava (Janelle James) precisa abrir mão de seu cargo para proteger os outros professores. No vigésimo primeiro episódio, a comunidade se une em um protesto pedindo o retorno de Ava à diretoria, entregando um belíssimo episódio.

15 - The Chair Company (HBO Max) - 01x05 - I won. Zoom in.

Imagine uma série cujo o foco é um diretor executivo de uma empresa de construção de shopping centers irritado porque caiu após se sentar em uma cadeira quebrada. Essa é a trama de The Chair Company, ou simplesmente, A Cadeira. O que poderia ser apenas um mico vexamoso se torna uma obsessão por parte do protagonista Ron (Tim Robinson). No quinto episódio, seus limites extrapolam quando ele vai atrás de um ator em um bar com viciados em cocaína para descobrir o remetente de um e-mail. Com cenas de briga, perseguição, ação e tensão, tudo que acontece nesse episódio é surpreendente.

14 - Dept. Q (Netflix) - 01x09 - Episode 9

Investigação policial em uma atmosfera fria e chuvosa é um dos meus pontos fracos quando o assunto é série boa. E Dept. Q me traz esse sentimento que tinha assistindo The Killing, mesclado a um bando de desajeitados como em Slow Horses (falaremos logo mais sobre essa). Com dois mistérios ocorrendo em paralelo, o investigador Carl (Matthew Goode) monta uma equipe peculiar para abordar um caso sem resolução após quatro anos em aberto. É impossível não se apegar ao aliado de Carl, Akram (Aleej Manvelov) e mergulhar no clima tenso para encontrar Merritt (Chloe Pirrie), que está sequestrada em um cativeiro diferenciado: uma câmara hiperbárica. O nono e último episódio da temporada é a conclusão de um dos casos.

13 - The Wheel of Time (Amazon Prime Video) - 03x04 - The Road to the Spear


Quando comentei mais cedo que não foi um ano fácil para assinantes do Amazon Prime Video, parte vem do cancelamento precoce de uma das minhas produções favoritas do streaming. A Roda do Tempo tinha tudo para ter uma conclusão decente, mas foi abruptamente interrompida. Ainda assim, um dos melhores episódios do ano foi justamente o quarto episódio da terceira temporada, em que Rand (Josha Stradowski) e Morraine (Rosamund Pike) sobrevivem ao Rhuidean, um local sagrado do povo Aiel. Nele, vislumbres de possíveis futuros sombrios atingem os personagens, que vivenciam o momento da morte deles continuamente até atravessarem o labirinto ancestral.

12 - Pablo e Luisão (Globoplay) - 01x16 - Enterro do Tio Zé

Confesso que falhei em assistir mais séries nacionais nesse ano, infelizmente. Sei que algumas como Tremembé, da Amazon Prime Video, Dias Perfeitos, da Globoplay, e Os Donos do Jogo, da Netflix, tiveram seu destaque. Mas se teve uma história que amei e que não poderia ficar fora do ranking desse ano, ela sem dúvidas é Pablo e Luisão. Baseada na história da infância do incrível Paulo Vieira, presenciamos causos hilários e histórias inacreditáveis das trapalhadas cometidas pelos amigos Pablo (Otávio Müller) e Luisão (Aílton Graça). Episódios como o da vitrine, o da cerca elétrica, o do Seu Justino (Evaldo Macarrão) e o do galo são daqueles que você gargalha sem parar. Mas o que mereceu estar na lista é justamente o último, que mostra um momento delicado na amizade mais forte de Tocantins.

11 - Slow Horses (Apple TV+) - 05x04 - Missiles

Mais um ano consecutivo com meus pangarés favoritos lidando com casos absurdos que o MI6 não consegue resolver. Mais um ano em que Gary Oldman interpreta um Jackson Lamb debochado, sarcástico e impulsivo de forma brilhante. Mais um ano com as trapalhadas de River Cartwright (Jack Lowden), dessa vez em dupla com o taciturno Coe (Tom Brooke), que foi o destaque da temporada. No quarto episódio, quem poderia imaginar que um acidente envolvendo uma lata de tinta fosse tão tragicômico?

10 - Adolescence (Netflix) - 01x03 - Episode 3

Para começar nosso top 10, não poderia deixar de citar a minissérie mais aclamada de 2025. Mas vou ser sincero com vocês: eu não sou o maior fã de Adolescência. Ok, sei que os planos-sequência do seriado são um primor e sei que a trama é extremamente necessária para os dias atuais. Só que tenho a sensação de que já vi esse tipo de abordagem e trama em outras séries que não foram tão comentadas assim. É inegável que o talento do Owen Couper, que interpreta o jovem Jamie, é crucial para o seriado, e que o roteiro é afiado e preciso na medida certa. Não à toa, meu episódio favorito é o terceiro, em que ele dá um show de atuação ao discutir com sua terapeuta no centro de detenção. Mas ao mesmo tempo, esperava uma conclusão diferente. Enfim, acredito que o décimo lugar é contundente.

09 - Task (HBO Max) - 01x06 -  Out beyond ideas of wrongdoing and rightdoing, there is a river.

Eu já tinha altas expectativas pela minissérie (que depois acabou se tornando uma série) da HBO estrelada pelo Mark Ruffalo e com o mesmo criador da aclamada Mare of Easttown. Mas quando Task saiu, foi uma sequência semanal daquelas que você contava os segundos pelo próximo episódio. O sexto episódio é uma catarse de acontecimentos imprevisíveis, incluindo a morte de personagens fundamentais para a trama. Não poderia deixar de dar mérito ao Fabien Frankel, que atuou como o policial Grasso e teve um plot importante até o final do seriado.

08 - Paradise (Disney+) - 01x07 - The Day

Idealizada por Dan Fogelman (de This is Us) e protagonizada pelo excelente Sterling K. Brown (que também fez This is Us), Paradise parecia ser uma boa série de investigação, com a premissa: quem matou o presidente dos EUA (interpretado aqui pelo glorioso James Marsden). Porém, ela vai muito além disso. O plot twist do primeiro episódio pega qualquer um de surpresa, e seu desenrolar é frenético, com ganchos que te fazem querer dar o play no próximo episódio o quanto antes. E no nosso ranking, o sétimo episódio não poderia passar despercebido: é o dia em que AQUILO acontece. Sem entrar em detalhes que podem estragar a experiência de quem for assistir pela primeira vez, são minutos de tensão, choque e emoção.

07 - The Last of Us (HBO Max) - 02x02 - Through the Valley

Antes que todo mundo me taque pedras pela decisão, é inegável que os dois primeiros episódios da segunda temporada pareciam ser de uma série espetacular. Eu me arrepiei inteiro quando a horda de estaladores começou a se chocar com a muralha. A cena da Abby (Kaitlyn Dever) escapando por baixo do arame farpado e sendo salva pelo Joel (Pedro Pascal)? Aquilo ali é cinema! E a conclusão, é de nos encher de lágrimas. O desfecho dos episódios seguintes foi sim um desastre, uma pena o que fizeram com esse seriado tão promissor com decisões erradas de roteiro. Mas não dá para deixar de fora os dois primeiros episódios dessa temporada aqui no ranking.

06 - Severance (Apple TV+) - 02x10 - Cold Harbor

Para uns, esse deveria ser o episódio no topo da lista. Para outros, ele nem deveria estar aqui. Mas entre gregos e troianos, não dá para ignorarmos que a segunda temporada de Ruptura foi um marco para os amantes de seriados no começo do ano. Afinal, mais de três anos de espera entre as temporadas, sabe? E como é bom criar teorias a cada semana. Me incomoda eles entregarem mais mistérios do que respostas? Sim. Porém, eu amo como os personagens cresceram nessa temporada. Em especial, o plot twist envolvendo a Helen R. (Britt Lower) é muito bom. No episódio final, temos a execução do plano de resgate da Gemma (Dichen Lachman) e uma decisão delicada para Mark (Adam Scott) tomar.

05 - Pluribus (Apple TV+) - 01x09 - La Chica o El Mundo

A partir daqui, esse top 5 só tem briga de gigantes. Qualquer um dos cinco episódios citados poderiam estar em primeiro lugar. Dito isso, Pluribus é a minha série favorita desse ano. Eu amo Breaking Bad e Better Call Saul, logo, saber que o criador da série seria o mesmo (Vince Gilligan) era tudo que eu precisava para dar o play nessa nova produção. Além disso, Rhea Seehorn, injustiçada das premiações pelo seu papel em BCS, estrelaria a trama. E logo que comecei a assistir a série no dia 7 de novembro, fiquei completamente vidrado pelo conceito. Eu adoro tramas de "E se?" e essa de fazer um mundo pós-apocalíptico "do bem" me pegou. Com um toque de The Good Place e de outras referências da cultura pop, unidas ao estilo slow cooking de Vince, o resultado não poderia ser outro: a perfeição. A fotografia, a narrativa, os dilemas morais...tudo se encaixou de uma forma primorosa. O nono episódio é a conclusão perfeita: cada transição de cena, cada diálogo, cada uso de cor foi premeditado ali. É uma obra de arte televisiva.

04 - The Rehearsal (HBO Max) - 02x06 - My Controls

O Ensaio é uma série absurda. Produzida e estrelada por Nathan Fielder, ela consiste na criação de situações simuladas para ajudar pessoas comuns a ensaiar momentos importantes ou conversas difíceis da vida real, usando cenários detalhados e atores para simular todas as possibilidades. Eu acompanhei a primeira temporada nesse ano, com ensaios que incluíam desde um pedido de desculpas entre amigos em um bar até a simulação de uma paternidade. Porém, nada nos deixaria preparado para a segunda temporada. Eu ainda não terminei ela (mas logo mais finalizo), porém, o Gustavo destacou que o último episódio extrapola os limites éticos entre o seriado e a humanidade. Dica: envolve arriscar vidas (de verdade!) em simulações de pilotagem aérea.

03 - The Studio (Apple TV+) - 01x08 - The Golden Globes

O humor de Seth Rogen é daqueles que você ama ou odeia. E se você faz parte do time dos que aprovam esse típico besteirol, saiba que a série The Studio é a nata das produções televisivas feitas por ele. Uma metáfora sobre o que é Hollywood e as decisões babacas tomadas por grandes diretores de estúdios que, com o toque humorístico de Rogen, fica incrível. Qualquer episódio da temporada caberia aqui: o plano sequência do segundo, a destruição de cenário do quinto, a apresentação ao público do décimo (o que foi Dave Franco e Zoë Kravitz interpretando eles mesmos?) e o salto de Griffin (Brian Cranston) completamente chapado no hotel de Las Vegas no nono episódio. Mas meu favorito é o oitavo: quando a disputa pelo Globo de Ouro se torna uma troca de elogios mútua dos atores para Sal Saperstein (Ike Barinholtz). O episódio contou até mesmo com uma participação especial de Ted Sarandos, diretor da Netflix. Um feito e tanto para uma série de um streaming rival.

02 - Andor (Disney+) - 02x08 - Who Are You?

Fazia tempo que os fãs de Star Wars não eram agraciados com uma produção tão sublime quanto a segunda temporada de Andor. De acordo com o Gustavo, foi praticamente impossível escolher apenas um episódio. Ainda assim, o oitavo é o momento mais brutal de toda a temporada. É aqui que assistimos ao Massacre de Ghorman, evento que vinha sendo construído desde o início da temporada. A série abandona a pegada mais aventuresca e escancara a violência do Império contra civis. É também quando Cassian Andor (Diego Luna), nosso protagonista, entende na prática o peso de decisões erradas. Um episódio perturbador, triste, tenso e político, que reforça por que Andor é a melhor produção dentro do universo de Star Wars.

01 - The Pitt (HBO Max) - 01x13 - 7:00 PM

Séries médicas nunca foram minhas favoritas. Eu ignorei o fenômeno Grey's Anatomy mesmo gostando de outras séries da Shonda. Mas sempre teve uma que, quando criança, eu gostava de acompanhar, mesmo sem entender muito na época: E.R. - Plantão Médico. E como foi uma grata surpresa saber que um dos idealizadores criaria uma nova série para os dias atuais. Não só isso: um dos atores protagonistas, Noah Wyle, interpretaria o principal doutor desse novo plantão médico, o Dr. Robby. The Pitt une o melhor de E.R. com um conceito visto em outra série de gênero diferente: 24h, onde cada episódio equivale a uma hora do dia. Resultado? Uma fórmula nova e apaixonante para a televisão. O realismo, a tensão e a urgência do plantão de emergência naquele hospital em Pittsburgh me deixou vidrado, querendo ver o próximo episódio o quanto antes. Se até o início da temporada já estava sendo assim, o que acontece no episódio 12 é de tirar o fôlego: eles vão ter que lidar com um tiroteio em massa em um festival de música. Nada me deixou preparado para a sequência no décimo terceiro episódio, revelando um lado frágil dos traumas vivenciados pelo Dr. Robby. Sério, sem palavras. Não à toa que ganhou o Emmy de Melhor Ator do ano, mais do que merecido. E a melhor parte? Semana que vem já começa a segunda temporada. 2026 promete!

Imagens: YouTube/Google

~Murilo/Mud

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