Prós e Contras - Terceira Temporada de 13 Reasons Why

Oi pessoal, como vocês estão? No post desse mês, decidi falar sobre uma série que divide opiniões entre os fãs mais fervorosos e quem já cansou de série teen: 13 reasons why. A história que começou a nos contar sobre Hannah Baker encaminhou uma primeira temporada impactante e se alastrou por uma segunda temporada frustrante e confusa. Na terceira, acredito que ela ficou no meio termo entre os dois anos, e por isso, decidi postar a respeito dos prós e contras dela. 

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Fonte: YouTube

Prós


Uma segunda chance para Tyler

O final da segunda temporada deixou muita gente brava por prometer um possível tiroteio no colégio Liberty High sendo deixado de lado por um Clay samaritano perante ao bullyinado Tyler. Mas o terceiro ano nos mostrou a redenção do menino psicopata, que com a ajuda da maioria dos seus amigos, entregou um arco um tanto quanto interessante. O quarto capítulo é mais focado na história de Tyler, mas a cena que nos conquista de vez é, sem dúvidas, a do oitavo episódio, quando ele assume para Clay o trauma sofrido nas vésperas do baile de primavera. A atuação do ator Devin Druid foi impecável, e todo o contexto que o personagem se inseriu até o agradecimento com as fotos emolduradas no Monet foram um belo ciclo.  

Mães (ou quase isso) poderosas

Tivemos na segunda temporada uma Olívia Baker poderosa. Isso voltou para a terceira no papel de outras personagens que, felizmente, cresceram na trama. E não me refiro à mãe de Clay, que desde a primeira temporada acho um erro para a série com seu comportamento dissimulado. Mas vamos falar dessas três mulheres. A primeira é Nora Walker, mãe de Bryce. O luto que ela enfrenta e sua jornada para encontrar o assassino do filho é uma das melhores coisas da temporada. A cena que mais gosto é quando Nora e Olivia se encontram para conversar sobre a morte dos filhos. É um momento bem tocante. As outras duas "mães" têm destaques de formas diferentes. A mãe de Ani, Amara Josephine, é uma mãe que sabe do que a filha é capaz à primeira vista, e se preocupa com a filha. Acho que as melhores cenas com a Ani na temporada é quando ela confronta a mãe. E por fim, vamos falar Chloe. Ela não chegou a ser uma mãe de fato, mas a cena do aborto no segundo episódio foi um arco forte e interessante também, uma pena ter sido deixada de lado o restante da temporada.

Jessica Davis renasce

Se na primeira temporada Jessica era a menina sonsa e, na segunda, ela cresce ao buscar justiça, a conclusão da terceira é uma garota ativista, que aceita seu corpo e dita as regras de sua vida. Alisha Boe está melhor do que nunca na personagem e é amável vê-la diante dos dilemas feministas entre liberdade de expressão e ética. Seu plot com Justin também faz a temporada fluir, e por isso, está nos prós dessa temporada.

Trilha sonora delicinha

Por fim, meu último ponto positivo da temporada é a trilha sonora. Isso a série sempre acertou, afinal, Selena Gomes esteve por trás de alguns momentos musicais incríveis. A minha favorita dessa leva é Teeth, do 5 Seconds of Summer, mas o álbum inteiro vale a pena ouvir (disponível no Spotify).


Na média

Bryce Walker romantizado

Um erro das primeiras temporadas foi colocar Hannah Baker fazendo um suicídio romantizado. Se 13RW aprendeu ou não com o erro, o mesmo não deve se falar de Bryce Walker. Achei que, como recurso narrativo, é válido colocar Bryce como ressentido pelo que fez e culpado. Mas não acho que mereça uma redenção como a de Tyler, por exemplo. Tanto que o real caráter de Bryce pra mim, fica claro em cenas como ele e Ani na borda da piscina e as cenas que antecedem a sua morte, jurando que iria matar certos estudantes. Mas ver sua relação de proteção com a mãe perante ao avô ou a cena dele pintando o quarto me fazem colocar o personagem como um ponto dúbio como destaque nessa temporada.

Justin, qual é a sua?

Admito que se tem um personagem masculino que seja legal de trabalhar em 13RW é o Justin (aquele maldito sorriso). Mas o excesso de plots também me incomoda. Gosto do garoto que luta pela adoção como irmão do Clay e a broderagem que formaram. Acho válido o plot dele com a Jessica. E sim, ele tinha contas a acertar com Bryce. Mas precisa voltar pra questão dele com as drogas? Achei tão arrastada a questão dele com o traficante Seth, são cenas assim que me fazem pensar que a série seria mais enxuta e dinâmica se fossem 13 episódios de 30 minutos ou 10 de 40 minutos.

Tony e sua família

O personagem sempre me gerou estranhamento nas duas primeiras temporadas. Nessa eu acabei gostando um pouco mais dele com a história da família deportada e o episódio final de ação de graças. Mas sério que o cara nunca conta nada pros seus poucos amigos? Precisava desse melodrama todo? Por isso fica aqui no meio.


Contras

Alex e Zach: poderiam ser um só personagem

Tá aí dois personagens que os produtores não sabem o que fazer. Zach é o eterno tapa buraco dos interesses amarosos alheios, surgiu com aquele romance nada a ver com a Hannah na segunda temporada e depois ficou com a Chloe. Aí fica omisso a temporada inteira para dar uma explosão no final, igual foi na segunda temporada. Já Alex é apenas o filho do xerife. Seu plot de suicídio foi mal trabalhado na season anterior, suas birrinhas com o namoro com a Jessica são insuportáveis e o que dizer da amizade dele com Bryce cheirando cocaína e assaltando casas? Dois personagens que poderiam virar um só desde o começo e que mais cansam do que acrescentam algo à série. E mais abaixo falarei dessa questão de excesso de personagens, aguardem.

Ani sabe mais que todo mundo

Achei válida a entrada da Ani pra escola. É normal termos personagens novos com a chegada de novas temporadas, mas o erro pra mim é que ela deveria ter entrado desde o segundo ano para entender toda a história, e não chegar como se fosse a entendida do assunto. Tem gente que detestou Ani desde o começo, mas ela só me perdeu o interesse quando chegamos na metade e a culpa toda recai sobre o Clay. Esconder e mentir demais fizeram o público odiá-la, mas tem um personagem que achei pior do que a menina e pouca gente comenta.

Clay sendo Clay

E estamos falando dele mesmo, o protagonista. Apesar de adorar o Dylan como ator na primeira temporada, achei ele fraco e apático nessa terceira. Não teve química com a Ani, seus pensamentos ficaram confusos para os espectadores e nunca sabemos o que ele tá pensando, toda vez que alguém aponta uma verdade, ele fica sem palavras e trocam o assunto. Melhorem o garoto para o último ano, é isso que a gente quer.

Esquecidos no churrasco

Por fim, vamos voltar à questão do excesso de personagens. Esse sim é o demérito de 13RW, colocaram personagens demais e que ficaram sem resolução nas temporadas anteriores. E parecem que ainda não aprenderam. Querem ver só? Skye, a namorada de Clay na segunda temporada, serviu como uma simples tapa-buraco de Hannah e nunca mais apareceu (não aceito aquela despedida fraca). Sr. Porter e Sra. Baker tiveram participações especiais, mas só fomos descobrir seus paradeiros muito no final da temporada. E agora os piores: Sheri, a menina que bateu na placa e que matou o Jeff (vocês lembram dele? Porque o Clay não) simplesmente SUMIU nessa temporada. Marcus Walker não apareceu e só disseram: aquele que foi expulso. Courtney teve uma participação pífia. E a que mais me irrita foi Nina, a amiga da Jess na segunda temporada, que fez uma merda sem tamanho na segunda temporada ao queimar as fotos, mas nem lembraram da existência dela, gente. E como disse, deixam supostas pontas soltas para a temporada seguinte, só quero ver se vão abordar Charlie, Winston, Luke e todos os outros novos, ou se foram apenas recursos narrativos.


Bônus: Monty teve um final?

E essa categoria eu não coloquei em nenhuma por motivos de que não sou capaz de opinar (momento Oscar aqui). Monty teve sua história melhor trabalhada, mas o que foi aquele final? Ele morrendo na cadeia? O povo ignorando ele menos o Winston? Tenho até medo de pensar no que vai virar de plot para a última temporada, mas vamos aguardar.

~Murilo/Mud

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