Como Pokémon Go voltou a fazer sucesso?

E aí pessoal, como estão? Trago a vocês o texto do mês de novembro, e o tema é um dos meus favoritos e mais recorrentes do blog: Pokémon. Como eu ainda não tenho o Nintendo Switch e, por consequência, não tenho o Pokémon Let's Go Pikachu/Eevee, não consigo fazer uma análise deles (por enquanto). Mas pretendo comprar um em breve, e com isso, deve sair uma postagem de prós e contras ou o que foi acerto no jogo e pode ser usado na franquia principal. 

Com isso, meu objetivo se voltou ao outro grande jogo Pokémon que ainda figura entre nós: Pokémon Go. Lançado há mais de dois anos, o sucesso desse game de realidade aumentada é indiscutível. Um ano após o lançamento, ele manteve a marca de 90 milhões de downloads por semana, segundo o ranking Priori Data. Contudo, houve um período do jogo, após liberarem as reides lendárias, entre o final de 2017 e começo de 2018, que o número de jogadores parou, e começou a diminuir.

Muito se deve a uma série de catástrofes feitas pela Niantic, desenvolvedora do jogo. Ela não colocava conteúdo novo no jogo com a frequência necessária, e organizou o fiasco do primeiro Pokémon Go Fest, em Chicago, com milhares de problemas. Com isso, na época, escrevi uma matéria a respeito do assunto, com o que poderia ser feito para salvar o Go desse desastre (você pode acessá-la clicando aqui).

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Fonte: Youtube


Mas, de janeiro de 2018 para cá, a vida de Pokémon GO ganhou um novo fôlego com a inclusão de novidades bem-vindas e pedidas pelos fãs há tempos. Tanto que eu entrei em um grupo de jogadores do meu bairro, que felizmente, só aumentou com o passar do tempo. Hoje, encontro gente jogando na padaria, no ponto de ônibus, na rua, e convido a participarem do jogo. O que eles respondem? Que voltaram a jogar depois da inclusão de mudanças convidativas para o sucesso atual do Pokémon.

E se você pensa que se restringe a uma questão de geolocalização ou especificidade no meu meio, está redondamente enganado. Os números também comprovam tamanha façanha: somente em outubro de 2018, uma reportagem da revista Exame apurou que o faturamento da Niantic foi de 73 milhões de dólares (algo em torno de 274 milhões de reais).


Mesmo dois anos depois, o aplicativo figurava na oitava posição de mais vendidos tanto na loja da Apple quanto na do Google, ficando à frente de nomes populares, como Fortnite. Mas afinal, por quais motivos a desenvolvedora conseguiu voltar a ter sucesso? 

Há razões de sobra, e aqui vão elas. A começar pela mais óbvia e que sempre foi a alma da franquia: temos que pegar. Ou seja, novos Pokémon da terceira e quarta gerações foram liberados em pequenas levas para a alegria dos jogadores. Em janeiro, tivemos a inclusão de Pokémon desérticos ao jogo, enquanto em fevereiro, foi a vez dos aquáticos de Hoenn. E em outubro, chegou a tão esperada quarta geração. Até o mês de novembro de 2018, apenas o Smeargle da segunda geração e mais cinco da terceira(Clamperl, Huntail, Gorebyss, Kecleon e o mítico Jirachi) não foram liberados. O foco atual está na quarta geração, onde até agora, foram liberados cerca de 40 espécies.

Além disso, a competitividade ficou maior com a liberação de mais reides lendárias a fazer com os amigos. Somente nesse ano, deram a cara Pokémon como Groundon, Kyogre, Rayquaza, Deoxys, o trio de Regis e Giratina para o deleite dos players. E entre setembro e outubro, a primeira geração enfim pôde ser completa graças à liberação dos ovos de Alola contendo os regionais de Kanto e a liberação de Mewtwo em reides. 

Outro fator que uniu mais os jogadores foram os dias da comunidade, os eventos sazonais e os de três horas com Pokémon especiais. Eles serviram como um evento para poder encontrar os monstrinhos em sua forma brilhante, com um ataque novo e com efeitos secundários como itens, pontos de experiência e de poeira estrelar ao decorrer do jogo.

E por falar em brilhantes, essa talvez seja a maior febre entre os jogadores mais experientes. Colecionar os Pokémon originais é moleza, difícil mesmo é conseguir as formas shinies deles. Ao todo, uma boa parte deles está disponível na versão brilhante.Mais uma mecânica que resultou em uma forma de jogar diariamente o aplicativo foi a inclusão das missões aos PSs. Elas garantem Pokémon mais difíceis e até exclusivos como o Nincada e o Spinda, além de variações shinies de alguns como Caterpie e Krabby. 

Mas se há uma revolução para os jogadores, e algo que foi pedido há muito tempo e implantado nesse ano, foi a possibilidade de trocar o Pokémon com seu amigo. O sistema de amizades que garante mais bônus de experiência, dano e XP, além da chegada dos sortudos, que precisam de menos poeira estrelar para subir de nível, são mecânicas que fascinam os jogadores até os dias atuais.

E para os brasileiros, o jogo não podia estar melhor. Há um tempo ele foi traduzido por completo, e depois disso, não param de chegar novidades para a comunidade de fãs. Já teve evento de Unown exclusivo com as letras de VAMOS BRA, além de a possibilidade de solicitar portais para os jogadores do Ingress (válido somente para os lv. 40). E temos um representante da Niantic por aqui, o Leonardo Wille (o twitter dele sempre tem uma dica do que está por vir, vale a pena segui-lo).

Por fim, há um futuro promissor para o jogo. Existem ainda três gerações e meia de Pokémon que devem sair, além da oitava geração que chega em 2019. Tivemos um gostinho dela ao ver que o Switch pode ser conectado ao celular para liberar os novos Pokémon Meltan e Melmetal. Outro ponto a ser estudado no futuro é a inclusão do PvP, as batalhas entre jogadores, que devem animar ainda mais a disputa e competitividade acerca do jogo. Por essas e outras, o sucesso da franquia não para de crescer, e a prova disso é a chegada ao live action hollywoodiano de Detetive Pikachu, que impressionou geral por um trailer bom. Nunca antes foi tão bom ser um pokémaníaco.

~Murilo/Mud

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