Comparando - Blindspot/Quantico/The Blacklist

E aí pessoal, como estão? Bem, o post desse mês será sobre séries (uhu) e já adianto que o de Outubro também. Em Novembro falarei sobre Pokémon Sun e Moon ou Animais Fantásticos e em Dezembro, CCXP. Bem, o tema dessa postagem é uma comparação entre três das principais séries com foco no FBI ou na CIA. Não quis pegar séries consagradas como CSI, Bones, Castle e afins, nem onde o FBI é mera peculiaridade, como Mr. Robot, mas sim, séries que o enfoque é o cotidiano de uma mulher e sua relação com o FBI da ficção. Das séries que assisto, três se assemelham muito entre si, uma um pouco mais veterana (já na quarta temporada) e as outras duas voltando agora para a segunda temporada em setembro/outubro.

Se você não conhece nenhuma delas, vale a pena comparar para ver qual delas encaixa melhor no seu perfil. Teremos spoilers? Só no último quesito, onde avisarei novamente em caps lock, caso queira pular. Bem, separei as séries em 12 tópicos para compará-las, espero que gostem.

Legenda:
Blindspot - B
Quantico: Q
The Blacklist: TB

Protagonista feminina:

B: Jane Doe (Jaimie Alexander)
Q: Alex Parrish (Priyanka Chopra)
TB: Elizabeth Keene (Megan Boone)

Bem, começando pelas protagonistas maravilhosas dessas três séries. Apesar de em The Blacklist, Raymond Reddington ser o protagonista, o papel de Liz e seu ponto de vista se sobressaem e lhe dão papel de destaque. Afinal, não existe The Blacklist sem Elizabeth (será?). Jane, de Blindspot, é uma personagem complexa, segue suas índoles e seus colegas do FBI e ao mesmo tempo tenta recobrar a memória perdida e desvendar sua história na conspiração Sandstorm. Já Alex, enquanto treina em Quantico parece a nerd irritante e chorona da turma, e enquanto vive o presente, muda totalmente o seu jeito e melhora muito como personagem. Se fossemos analisar só o roteiro, ponto para Jane. Vamos agora falar das atrizes. Em questão de salário, Priyanka, intérprete de Alex, é a oitava mais bem paga nos EUA, as outras duas sequer figuram na lista. Em questão de fandom, Jaimie é a mais paparicada. Em atuação, Liz tem uma boa história e Megan sabe interpretá-la bem, mas Jane é a mais bem desenvolvida, especialmente por ser o foco da série (algo que Liz não é).

Vencedora: Jane Doe - Blindspot


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Fonte: tvline.com
Policial camarada diferentão e amiguinho/crush da protagonista:

B: Kurt Weller (Sullivan Stapleton)
Q: Ryan Booth (Jake McLaughlin)
TB: Donald Ressler (Diego Klattenhoff)

Essa categoria poderia ter três perdedores facilmente no catálogo. Não sei qual dos três personagens é mais insuportável. Kurt fica relembrando o passado com Jane supondo que ela seja Taylor Shaw a série inteira. Ryan (aqui vai spoiler só do primeiro episódio, mas inofensivo gente) é infiltrado para pesquisar Alex, mas acaba cedendo à ela e se tornam um possível casal. Já Donald, consegue ser o mais intragável pra mim. Nem shippar ele com Liz funciona, até destrata a colega, mas fica putinho de inveja quando Tom está com nossa agente do FBI. Se é pra escolher, vamos por atuação. Diego pode até atuar bem como Donald, mas o personagem é tão chato que nem quero classificá-lo aqui. Sobram Jake e Sulivan. O primeiro consegue ter mais jogo de cintura e expressões, tem uma cena np midseason, que não contarei aqui, que senti ser o ponto alto da série Quantico até agora, e Ryan está excelente nela. Já Kurt segue na mesmice, não culpo muito o ator, mas sim o roteiro em cima dele. Portanto:

Vencedor: Ryan Booth - Quantico

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Fonte: www.pinterest.com
Diferencial da série:

B:Tatuagens
Q: Paralelo entre presente e passado
TB: Raymond Reddington e a lista negra

Se na categoria anterior queria três perdedores, nessa eu queria três vencedores. Os diferenciais de cada série são ideias geniais e que de fato, são os temas essenciais nas tramas. Sem eles, seria um marasmo sem fim. Blindspot traz o enigma das tatuagens de Jane e sua relação com os maiores criminosos dos EUA. Quantico retrata dois momentos distintos em cada episódio, a trama high school do passado e a vida atual no presente. Eu particularmente prefiro as do presente, mas sinto que a do passado dá um enfoque cômico na maioria das vezes, que equilibra o seriado. Por fim, The Blacklist dá uma voadora nas duas anteriores e tem Raymond Reddington, o quarto mais procurado do FBI que troca nomes de criminosos por privilégios e acertos de conta. Red por si só é o melhor personagem da série, e seu sarcasmo e frieza são o au concour da série.

Vencedor: Raymond Reddington - The Blacklist

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Personagem feminina coadjuvante:

B: era Ana Paula agora é Natasha Zapata (Audrey Esparza)
Q: Shelby Wyatt (Johanna Braddy)
TB: Meera Malik (Parminder Nagra) e Samar Navabi (Mozhan Marnò)

Comecemos esse quesito com Zapata. Uma personagem sem sal, que tenta chamar a atenção quando ninguém se lembra mais dela. Suas subtramas envolvem discórdias com Jane. Só. Próximas que quero falar são Meera e Samar. A primeira foi tão sem sal quanto Zapata. A partir da segunda temporada, graças a uma mudança, entra no jogo a mais interessante agente Navabi, que será o eterno crush de Aram (falaremos dele abaixo) e que tem mais história e importância na série. Mas nenhuma das três se compara a Shelby, em Quantico. Filha de pais ricos que "morreram" no 11 de Setembro, a patricinha entra para Quantico com uma infinidade de plots. Mais até do que Alex. Tem a história dos pais, seu envolvimento com a família Haas, sua meia-irmã  claro, sua relação com a melhor amiga. Confesso que prefiro a Shelby da narrativa que se passa no passado do que no presente, mas ela é uma personagem completa e com boas tramas interligadas.

Vencedora: Shelby Wyatt - Quantico

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Personagem masculino coadjuvante:

B: Edgar Reade (Rob Brown)
Q: Simon Asher (Tate Ellington) e Caleb Haas (Graham Rogers)
TB: Aram Mojtabai (Amir Arison)

Ok, essa é fácil. Reade é um bom personagem, plots incluindo seu relacionamento com a irmã de Kurt, com a liderança de Mayfair ou com o abuso que sofreu na faculdade são histórias legais. Não desvalorizo o papel de Simon e de Caleb em Quantico, ambos tinha papéis legais, mas parece que não voltaram para a segunda temporada : ( Por isso, vamos falar do melhor dos quatro: Aram. É engraçado, é de humanas e exatas ao mesmo tempo, vai de bicicleta pro trampo, fuma maconha quando tá nervoso e ainda é trouxa pra cair na lábia da Navabi. Mas o melhor ponto? Dentre todos os personagens de todas as séries até então citados, é o único que não desconfia nunca da protagonista, então ele merece. E o ator tem um respeito enorme pelo fandom brasuca.

Vencedor: Aram Mojtabai - The Blacklist

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O quinto elemento:

B: Patterson (Ashley Johnson)
Q: Nimah/Raina Amin (Yasmine Al Massri)
TB: Tom Keen (Ryan Eggold)

Bem, aqui está uma lista com os personagens que não são os coadjuvantes e que não são os protagonistas, mas que sem eles, não teríamos essas séries. Decidi nomear como o quinto elemento. Vamos começar falando de Tom. Seu papel é fundamental na primeira temporada, mas depois... prefiro não comentar, ficou bem repetitivo. Já as gêmeas de Quantico, são o quinto e o sexto elemento. São meramente encheção de linguiça em alguns casos, mas eu particularmente gosto de ver os contrastes que a atriz Yasmine Al Massri faz. Ela consegue ser bem diferente nos dois. Mas o troféu vai para a melhor coisa disparada de Blindspot, e essa coisa é o plot da Patterson. Ela é demais, implica com as mesmas coisas que os fãs teimam e tem uma ironia no discurso que é única. Sem dúvidas, melhor pessoa. Mas queremos descobrir o primeiro nome dela né.

Vencedora: Patterson - Blindspot
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The boss:

B: Bethany Mayfair (Marianne Jean-Baptiste)
Q: Miranda Shaw (Aunjanue Ellis)
TB: Harold  Cooper (Harry Lennix)

Outro páreo duro. Temos três atores experientes, que quebram preconceitos de várias maneiras e que são exemplos a serem seguidos. Mayfair tem uma trama conturbada no começo, mas a partir da 1B, é uma personagem incrível. Seus envolvimentos com a namorada e a revelação nos últimos capítulos foram seus pontos altos. E o que dizer de Miranda? Mostrou que não veio para brincar no primeiro capítulo. Sua trama com o filho Charlie é tocante e emocionante de verdade. Só que zoaram demais a partir da 1B também, poxa. E na 2, ainda não vi nada que lhe destacasse. Enfim. E o que dizer de Harold? Valente, sobrevivente e confidente. Sua relação com a agente Keen me lembra bem mais um relacionamento paternal do que o querem passar com Red. E foi o único dos três acima que seguiu uma linearidade. Por isso:

Vencedor: Harold Cooper - The Blacklist

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Vilão principal:

B: Indefinido (por enquanto)
Q: Terrorista revelado no último episódio
TB: Cabal

Em nenhuma das três há de fato um vilão concreto. Em Blindspot, não sabemos se a Sandstorm, devido à operação Orion, ou o próprio FBI são os inimigos. Apenas quem é revelado pela tattoo tem culpa no cartório. Em Quantico, enrolaram muito para mostrar a verdadeira faceta do vilão, e achei bem óbvia. O problema é que sempre vão insistir nessa história de agente duplo e duas caras, seja no FBI ou na CIA, e não cola mais. The Blacklist tem uma história de anti-heroísmo por parte de Red, mas ao mesmo tempo, na terceira temporada temos uma trama excelente, do grupo Cabal. Eles conseguiram se apresentar ilegítimos e corruptos a ponto de odiarmos e muito seus integrantes. Em especial Solomon, afinal, mexeu com o Dembé, mexeu com o fandom, poxa!

Vencedor: Cabal - The Blacklist
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Fonte: www.pinterest.com
Crítica:

Temos como avaliar em partes. Blindspot está sendo bem avaliada pelos fãs e pela crítica geral, com uma média de  8,8. Já Quantico tem muitos haters, não achei uma nota concreta na internet, mas todos dizem ser só mais um do mesmo. E os fãs dizem amar e odiar a série, em aplicativos de discussão, não é difícil ver uma galera que só acompanha o primeiro e o último episódio, já que o meio é só enrolação. Por fim, The Blacklist falhou no começo pela crítica, mas foi bem na segunda temporada e voltou a decair na terceira, segundo sites de resenha. Resta a nós, reles mortais, saber se a quarta temporada acerta em cheio. Mas os fãs são fiéis ao seriado. Juntando opinião da galera com a dos sites, temos uma vencedora:

Vencedora: Blindspot
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Lutas, cenas de ação e efeitos:

Em Blindspot, considero como algo mediano as cenas de ação. As lutas são boas, mas as cenas de efeito poderiam ser melhores. O último episódio que vi consistia em uma milícia mexicana disparando um míssil em um avião, sério, foi muito mal feito esse efeito. Em Quantico, conseguem ser ainda pior, lutas previsíveis que parecem cenas de Agente K.C., dos Disney Channel. As explosões que abriram as duas temporadas foram péssimas. E a última cena de luta que vi envolvia a agente Parrish apanhando de um cara, mas sempre consegue dar a volta por cima. Em The Blacklist, ao contrário de Quantico, consegue ser melhor e efeitos. A cena da igreja alvejada no final da season três foi maravilhosa. E as lutas são similares às de Blindspot. No conjunto da obra:

Vencedora: The Blacklist

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Mistérios, ganchos e enrolação

Blindspot dá uma boa continuidade entre episódios, tudo está conectado e gosto muito disso. Patterson deu um show explicando a relação das tatuagens na season finale da temporada 1, e estão resgatando coisas mal resolvidas na segunda temporada, como o plot de Reede. Estão mesmo de parabéns. Se tem um ponto chato a comentar, ele tem nome e sobrenome: plot Taylor Shaw. Quantico é a típica enroladora com o mistério: quem é o terrorista. Meio desnecessário, e isso afasta muito a galera. Eles têm razão, apesar dos episódios se equilibrarem entre si no quesito humor e ação, os ensinamentos e o presente não têm essa relação. E em The Blacklist, o que me cansa é a grande quantidade de mistérios. Já estamos na quarta temporada, e parece mais do mesmo em alguns sentidos. Quero mais respostas pra ontem.

Vencedora: Blindspot

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ALERTA SPOILER NO ÚLTIMO QUESITO

Mortes:

Por fim, vamos ao último tema. Em Blindspot, três grandes mortes na season 01: Oscar, morto pela própria Jane (mas ninguém gostava taaanto dele assim), o namorado   da Patterson (sofremos mais com ela do que com a falta dele) e Mayfair, uma perda lastimável, diga-se de passagem. A morte dela foi muito bem montada no roteiro, serviu de gancho pra segunda temporada, mas só provou que adoram acabar com casais gays em séries, o que foi ruim. Em Quantico: começamos com a morte do Will de Sense8 no começo, mas foi irrelevante. Já na 1B, tivemos de dar adeus à Natalie (fiquei puto com a morte, ela tinha uma filha pequena que nunca mostraram e que cagaram e andaram para ela na série, a ponto de sequer a atriz aparecer na formatura de Quantico no passado, ridículo), o Sr. Haas (sério que alguém ainda gostava do casal Shelby e sr. Haas?) e Simon (eu não liguei muito pra morte dele, mas o fandom ficou bem triste). Por fim, em The Blacklist, morreram Meera (foi meio zoada a morte dela), Luly (a assistente do Red, foi muito pesado) e as falsas mortes de Tom e Liz (o primeiro caso foi méh, mas o segundo me fez mesmo chorar, até perceber que fui trouxa). De todas as mortes, mesmo sendo uma que se encaixava no roteiro, a de Mayfair foi a que mais me fará sentir falta da personagem, e ao contrário do que disseram os produtores, a tal da Naz nunca chegará aos pés de Bethany.

Vencedora: Blindspot


Resultado final: E temos um empate entre The Blacklist e Blindspot! Com cinco pontos cada, ambas têm suas peculiaridades. The Blacklist é mais tradicional e tem como enfoque Reddington. Sua genialidade, além das cenas de ação, são chamarizes na série. Blindspot, por outro lado, tem um lado mais emblemático e com atrizes melhores. Para quem gosta de Quantico, temos que concordar que o melhor da série é a beleza do elenco, porque foi o que citei: amamos odiar Quantico.

~Murilo/Mud

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