Seis episódios, uma saudade - Impressões sobre a última temporada de The Killing

Olá caros leitores, aqui vai mais um post do Trilógicos. Antes, alguns recadinhos: como expliquei no começo do blog, a periodicidade vai cair um pouco a partir de agora, afinal, nossas aulas voltaram : <. Bem, mas mesmo assim, estaremos postando semanalmente as notícias e comentários que vocês estão acostumados. Segundo lembrete: o Kuro/Lucas/Joe agora conseguiu acesso e começará a postar também \o/, fazendo jus ao nome Trilógicos.

Bem pessoal, vamos ao post de hoje. Eu sei que o assunto está muito repetitivo, mas prometo que será o último post por um tempo sobre a série The Killing. Comentei sobre ela antes em Esperando por The Killing e a citei em novidades desse mês. Agora, finalmente o seriado teve um final majestoso e irei comentar de forma resumida o que foram esses seis episódios no Netflix, para acabar de vez com o assunto de maneira digna. Como não tem mais episódios/novidades (a não ser que renovem a série, o que é meio impossível de acontecer novamente), não tenho mais porquê citar o mesmo post. Mas planejo uma retrospectiva de final de ano, com direito a citar essa série.

O post de julho foi referente às minhas expectativas para a quarta temporada. Esse aqui já fala das minhas impressões, o que meus olhinhos com dez graus de miopia e dois de astigmatismo observaram em apenas dois dias (se fosse um final de semana, assistiria tudo em um dia mesmo, o negócio é bom demais!).
Sarah e Holder realmente estiveram encrencados para cobrir as evidências do assassinato do poderoso chefão e flautista Skinner. O episódio inicial começa tenso e mostra onde tudo parou no final da terceira temporada. Marcas de sangue, balas, roupas queimadas e a habitual chuva com névoa que deixa todo mundo nervoso. 

Ao mesmo tempo, o trabalho deles tem que continuar. Dessa vez, um estudante militar de 17 anos é acusado de matar toda a sua família em uma chacina sanguinolenta. The Killing nunca foi de mostrar cenas tenebrosas ou fortes, mas o paradigma foi quebrado dessa vez. Kyle Stansbury tentou suicídio e foi parar no hospital, mas sobreviveu.
O desenrolar do caso mostra que as aparências de família tranquila e pacata foram falsas aos cadáveres Stansbury. O pai, Philip, era bígamo. A mãe, Linda, molestava os alunos da escola de tênis e realizava complexo de Édipo no filho. Phoebe, a irmã mais velha, gostava de aparecer e mostrava suas formas e belezas para os vizinhos. E a pobre e inocente Nadine, a caçulinha, apenas tinha pesadelos a serem afastados por Kyle. 

Assim como nas outras temporadas, The Killing é separada em três histórias centrais. Nas primeiras temporadas, eram Holder e Sarah investigando, a campanha política em andamento e a família Larsen sofrendo. Dessa vez, a dupla continua, mas os contratempos mudaram. Reddick, o careca idiota que foi parceiro de Holder após a saída de Linden, é o responsável por descobrir o que ocorreu com Skinner e a real identidade do flautista. Se ele já odiava Sarah, imagina depois desse plot? A outra câmera foca na vida de Kyle na academia militar, com a coronel Margaret e os incorrigíveis soldadinhos do bullying A.J. e Lincon.

A temporada final reuniu detalhes da terceira que foram essenciais para a continuação. Holder e seu envolvimento com drogas é um dos assuntos que voltaram a ser citados. O fato de Linden ser uma ex-doente mental voltou à tona. O passado de Sarah entra em jogo com a volta de Jack, Regi e sua mãe biológica. E o futuro de Stephen será posto em questão ao decidir entre a lealdade de sua parceira ou o futuro de seu bebê (sim, Holder será papai! spoiler kk).
As cenas que mais me encantaram aconteceram no último episódio. A mãe de Kallie tendo respostas sobre o paradeiro da filha e Holder visitando o túmulo de Bullet foram momentos únicos. Destaque também para a volta de um personagem da primeira temporada que deu uma reviravolta importantíssima no season finale. E achei incrível a atuação de Joan Allen como a Coronel Margaret Rayne, merecia um Emmy.

É claro que houveram pontos negativos. Achei o estado perturbador de Holder em relação à sua família, especialmente ao sobrinho, desnecessário. Foi algo compreensível, contudo não houve desfecho. A briga entre Sarah e Regi foi a mesma história. E o que dizer de Reddick, que não foi citado após o fim do caso? Poderia ser promovido né, o cara decifrou um assassinato inteiro e com um escárnio excelente. 
Mas a cena final deixou todo mundo de coração partido e compensou os erros vistos. Simples e com um toque de Seattle, The Killing deixará saudades, com personagens marcantes e aquela chuvinha inacabável que todos amaram tanto.

~Murilo/Mud

*Todas as imagens foram retiradas de sites estrangeiros ou divulgação

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