Bienal do Livro 2014, aqui vou eu!

Olá leitores, como estão? Depois de um pouquinho mais de uma semana sem postagens (agosto é um mês complicado para projetos e trabalhos e.e), aqui está o post que prometi semanas atrás. A minha experiência na bienal do livro 2014!

Primeiro, eu vou descrever algumas dicas de transporte, filas e de como evitar aborrecimentos. Depois, o que encontrei nos estandes juvenis.

A primeira coisa que pude dizer dessa bienal para todo mundo que me perguntou foi: está lotada demais! Sério, parecia um show de rock com os quatro Beatles, uma praça da Sé com chuva de dinheiro... mas fã que é fã, invade a bienal assim mesmo u.u.

Ano retrasado eu quase não vi gente na bienal, era domingo de dia dos pais e estava sossegado. Desta vez, teve fila para tudo que puderem imaginar. Eu fui com amigos de carro, e posso dizer que a fila já começou por aí. Quem foi de ônibus/van pegou superlotação e estacionamento complicado. Teve gente que preferiu ir a pé, pois até mesmo táxi não tinha mais! No caso do carro, a virada para a entrada da bienal só aconteceu no final do sambódromo, e demorou uma meia hora para chegar no retorno. Isso foi por volta das 10h da manhã, onde abririam-se os portões (eram 10h12 e a multidão ainda estava presa do lado de fora, muita gente mesmo).

Teve fila de carros que se confundiram com o estacionamento de ônibus, o que gerou transtornos. Dica 1: Não pegue filas enormes sem saber em que lugar elas irão parar. Mas o estacionamento em si da bienal, teve apenas uma pequena aglomeração, estava bem organizado. Porém, o preço foi tão salgado que não pensaria duas vezes em arriscar um ônibus cheio: 40 reais ($-$).

E já que estamos falando de fila, quem disse que não tinha fila para entrar? Mesmo quem comprou o ingresso via Internet, teve transtornos para conseguir seu acesso no pavilhão. Uma fila de prováveis duas mil pessoas ia para a direção contrária às catracas. Mas quem tem boca vai a Roma (ao menos vai à Bienal), e a verdadeira fila de entradas era bem menor. Os seguranças tentaram conter a confusão, mas eu fui engolido pelo mar de gente e senti pisar em vários pés, carrinhos de bebês e crianças. É sério gente, quem leva no final de semana o bebê para a bienal? Com aquilo lotado, só gente que queria ver o filho passar mal de calor, faça-me o favor!

O Sol foi outro fator que prejudicou a entrada. Aos "leves" 31ºC, tinha gente suando e passando mal na parte de espera. Dica 2: Leve protetor solar e guarda-chuva/sombrinha/boné. E pasmem, levaram turmas de escolas lá dentro! Porque raios não colocaram as excursões em dias de semana? Enfim, não vou discutir mais sobre essas atitudes, vamos ao meu ingresso no paraíso, exatamente 10h45.

A primeira providência que eu e meus amigos tomamos: ir direto para a Comix, conhecida como a maior loja de mangás. A loja lota fácil, é apertada e os mangás acabam rapidinho. Por isso, já tínhamos um mapa da bienal e achamos facilmente o estande. Não tinha fila para entrar, mas dentro era quase impossível caminhar. A loja não tinha descontos como na Comix Fest. Dividia-se da seguinte maneira: lado esquerdo mangás da JBC, no centro livros e HQs e no direito mangás da Panini. Lá fiz minhas primeiras compras: Magi #2, The Walking Dead #4 (o que faltava na minha coleção) e Pokémon BW #1. Não gastei mais que vinte e dois reais, mas tinha gente com pilhas e amontoados de HQs e mangás. 
Um dos problemas da bienal foi a falta de sinal para cartão de crédito e débito. Na Comix o meu funcionou, mas bem lentamente. O do meu amigo demorou muito. E ao sairmos da enorme fila do caixa, a fila para ENTRAR no estande, já dava a volta na quadra. Então, Dica 3: Priorize lojas de sua preferência, em especial as apertadas.

Na hora seguinte foi o momento rolê na bienal. Naquela altura, o povo descobriu a verdadeira fila de entrada e o negócio estava fervendo. Tudo bem abafado e seco, bombeiros gritavam a todo momento para o pessoal sair do caminho, enquanto levavam pessoas desmaiadas nos braços. Por isso, Dica 4: Use roupas leves e traga duas garrafinhas de água, no mínimo. 

O que pude notar sobre o povo da bienal: uma maioria massacrante de jovens. Em especial, fãs de Percy Jackson. Sei que não é o top 6, mas aqui vai a lista das seis caracterizações mais usuais na bienal:

1 - Cabelo tingido de azul/rosa/roxo/laranja O.o
2 - Camiseta do acampamento meio-sangue
3 - Camiseta de TFIOS - Okay, Okay
4 - Blusão da Grifinória ou de Hogwarts
5 - Camiseta Bob Esponja com careta
6 - Tatuagens de Instrumentos Mortais no corpo inteiro

Bem, foi nesse momento que pesquisei os preços. Comparei quatro revendedoras antes de ir aos estandes que queria. O único estande que fui, porque ainda não tinha começado a ter fila, foi o da Panini, que por sinal estava bem pior do que em 2012. Tudo desorganizado e fraco de vendas. (Mangás da TMJ ao lado de Monster e Reborn, sem ordem e sem sentido x-x).

Por volta de 12h30, resolvemos que era hora de comer alguma coisa. Mas o que todo mundo fala é verdade: nunca compre comida na praça de alimentação da bienal. Preços exorbitantes, comida ruim e fila de mais ou menos meia hora para apenas pedir seu lanche (digo por experiência da bienal 2012). E pouquíssimos lugares para se sentar, muitos se acomodavam ao redor dos estandes com um Big Bob's Bacon. Até tinha trazido bolachas, mas eu e meus amigos encontramos uma solução bem mais viável. Dica 5: procure cafés e lanchonetes para se alimentar

Foi definitivamente um golpe de sorte. Em toda a bienal, essas lanchonetes se proliferaram e não ficaram tão cheias (é claro que tinha uma fila de uns quinze minutos no máximo, mas comparada a praça de alimentação, não era nada). O preço só saía um pouquinho do habitual, mas consegui me alimentar bem com um suco de uva e uma baguete de queijo e salame, tudo bem preparado.

Depois de comer, me separei dos amigos. Tínhamos os nossos próprios estandes para procurar. Resolvi arriscar os três que mais queria ir: Rocco, Intrínseca e Vergara & Riba. O primeiro que encontrei foi a da Rocco, tinha como objetivo pegar os livros Insurgente e Convergente. Mas desisti de cara, o mar de gente infestou o estande. A fila confusa e incontável me desencorajou a visitar aquele lugar. Os preços que se encontram em livrarias batiam com lá. Porém, o que causou tantas filas: 20% de desconto nos livros ao pagar no caixa. Eu havia pesquisado em revendedoras o preço desses dois livros, e preferi evitar a Rocco. Se tempo é dinheiro, não acho que duas horas custem apenas dez reais a mais.

Ok, havia desistido de lá e então fui para a V&R. O lugar estava bem claro e com movimentação normal. O que me conquistou foi o Box novo de Maze Runner, que inclui os quatro livros + livro de arquivos + pôster. Nas revendedoras, o preço variava de 130 a 150 reais. Na editora oficial, consegui por R$120. Não perdi a oportunidade, peguei a simplória fila de dez minutos e adquiri o meu box. Mas um detalhe que me frustrou: mais uma vez, sem cartão de crédito por conta da falta de sinal. Paguei em dinheiro vivo, quase todas minhas economias. Por isso, Dica 6: Opte por trazer bastante dinheiro em cédulas. Salvou minha pele em mais uma ocasião, que contarei mais para frente.

Logo depois, por volta das 13h45, precisei visitar a Intrínseca. Adivinhem: mega fila, oba! Perdi o começo da fila, mas esse eu resolvi arriscar. Afinal, tem um monte de sagas que amo dessa editora, e os brindes acabam compensando. Para minha sorte, as filas para autógrafos eram maiores que as da entrada no estande. Em menos de vinte minutos, entrei. Tudo bem controlado, organizado e clean. O que me frustrou sem descontos para livros únicos. Contudo, na compra de determinado número de livros, o desconto ia subindo. Como peguei dois, seria 15%.

Comprei O Jovem Sherlock Holmes: Gelo Negro, e Semideuses e Monstros. Uma galera comprou até quinze livros de uma só vez. Em todo o lugar, marca-páginas personalizados (que só tinha visto na Comix e na Madras até então) estavam à disposição do público. Peguei vários antes de ir para a confusa fila do caixa, que saía do estande e dava a volta inteira. Maior que a fila para entrar! Demorei meia hora e pedi mais brindes. Dica 7: Peça sim seus brindes! Além dos marca-páginas, ganhei uma camiseta (mesmo que o tamanho seja P para alguém que usa XXG) e uma caneta personalizada como Contracorrente. Os bottons infelizmente haviam acabado na sexta, mas a Intrínseca teve esse cuidado com os fãs.
Por volta das 14h30, reencontrei meus amigos e estávamos cansados. Eu só precisei fazer uma última coisa: retornar a uma revendedora para pegar Convergente e Insurgente. Fui à Pergaminho, o preço deles estava ótimo, mas a organização pecou. Demorei mais para procurar um exemplar de Insurgente do que para pagá-lo. Apesar da fila extensa, o pessoal novamente preferiu seguir a multidão e não perguntou para a caixa livre se pagamento em dinheiro era ali. Paguei com as cédulas que me restavam enquanto gente que ia pagar com dinheiro optou pela mega-fila. Saí rapidinho e decidimos voltar para a saída da bienal.

Na Bienal 2012, meu erro foi carregar pilhas de livros pelas mãos. Dessa vez, fui esperto. Dica 8: Vá de mochila! Não fiquei com dor na mão, só nos pés de tanto andar. E o suor nos ombros onde a mochila estava é o de menos, garanto isso.

E em relação a autores, o meu único sonho é pegar um autógrafo do Maurício de Souza, mas as filas enormes me fizeram desistir. Vi a Thalita Rebouças de longe, a Sophia Abraão e até o Padre Fábio de Melo. Mas o burburinho foi para a Cassandra Clare, que deixou um terço daquele lugar gritando histericamente com uma voz aguda. Tanto que a partir de hoje, o negócio vai ser mais organizado, várias falhas de segurança foram perceptíveis. Dica 9: Se quiser autógrafos, tenha paciência.

E em relação aos banheiros, aqui vai a última dica: Não esqueça de ir ao sanitário em casa. As mulheres tinham uma singela filinha de duas horas de espera. E aí, iria encarar?
No final das contas, me diverti muito e voltei muito cansado para casa. O resultado valeu sim a pena e quero voltar em 2016. Só espero que não venha o Rick Riordan ou o John Grenn, senão o local vai virar um formigueiro superlotado.

Meus novos amores:
~Murilo/Mud

*Todas as fotos foram tiradas por mim (desculpe pela qualidade ruim), ou foram pegas do site oficial da Bienal 2014.