Chegou a hora de conhecer os melhores discos do ano!!! Para começar, falarei dos nacionais (não me pergunte porque escolhi 12). Vamos a lista:
#12 – “Gaya”, Tiê*
Data de Lançamento: 27 de Outubro de 2017
Fonte: G1
Tiê
prova com “Gaya”, seu quarto álbum de estúdio, estar bastante segura com suas
músicas. Acredito que seja a primeira vez que sua voz combina com praticamente
todas as composições. Neste novo trabalho, a cantora investiu no pop sem medo de
errar. Ainda temos ótimas melodias, piano e batidas eletrônicas pelos poucos
mais de 30 minutos.
Só
acho que não está numa posição mais alta pelo fato de algumas canções não
combinarem com outras. Exemplo que dou é o dueto com Luan Santana, o cantor não
consegue disfarçar o seu lado sertanejo para a canção. A faixa parece ter sido
jogada de última hora.
“Amuleto”
e “Mexeu Comigo” são os pontos altos do disco.
#11 – “Lá Vem a Morte”, Boogarins
Data de Lançamento: 9 de Junho de 2017
Fonte: G1
A banda
brasileira de rock psicodélico, formada em 2012, chega ao ano de 2017, com seu
terceiro disco de estúdio “Lá Vem a Morte”.
Em menos de
30 minutos, os goianos apresentam um álbum com letras mais obscuras, “bad
vibes”, mas continuam com a psicodelia dos trabalhos anteriores, só que não
necessariamente sendo iguais, pois você percebe logo de cara
uma evolução do som do quarteto.
Um disco que
de primeira talvez não seja fácil de engolir, mas dando uma segunda chance, não
tem como se arrepender.
#10 – “Kafé”, Kafé
Data de Lançamento: 15 de Setembro de 2017
Fonte: Miojo Indie
Calma,
paciência, persistência... fatores que o baiano Kafé certamente teve na criação
de seu disco de estreia. Isso, pois, desde 2015, o artista vem produzindo este
trabalho, tarefa nada fácil.
Com
letras e melodias que lembram músicas de Drake e The Weeknd, o cantor mescla
muito bem o pop, rap e R&B. O disco só não está numa posição mais alta,
porque algumas canções soam bem genéricas.
#9 – “A Gente Mora No Agora”, Paulo Miklos
Data de Lançamento: 11 de Agosto de 2017
Fonte: Eu Escuto
Depois de
mais de três décadas em uma das bandas mais famosas e importantes da história
do Brasil, Titãs, Paulo quis dar um tempo para lançar seu terceiro disco de
estúdio – ou como ele prefere afirmar, o primeiro trabalho que inicia sua
carreira solo.
No início da
década, o cantor perdeu sua esposa, Rachel Salém, devido a um câncer no pulmão.
Porém, prestes a se casar novamente, está recuperando a felicidade de
antigamente e assim, seu álbum é repleto de canções sobre dor, perda, amor e
mensagens motivacionais.
O guitarrista
ainda contou com inúmeras participações especiais para compor e produzir o seu
disco, entre eles, seu ex-companheiro de banda Nando Reis, Erasmo Carlos, Emicida, Mallu
Magalhães e Russo Passapusso (BaianaSystem).
#8 – “Vem”, Mallu Magalhães*
Data de Lançamento: 9 de Junho de 2017
Fonte: Rolling Stone
“Você
não presta” é a nova “Velha e Louca”. Falo no sentido que é o novo hit de Mallu
Magalhães, é sem dúvidas, uma das melhores músicas do ano. Impossível ficar
parado.
Já
“Vem”, novo álbum da cantora, mostra o amadurecimento que ela teve desde seu
último disco “Pitanga”, lançado em 2011. É uma excelente mescla de samba, bossa
nova, pop e indie, que lembra artistas como Tim Maia, Jorge Ben Jor e Céu. Ainda podemos dizer que é um disco muito pessoal, já que aborda relacionamentos
e cotidiano.
No
final, o disco só chegou para dizer que Mallu Magalhães é uma das maiores
artistas do Brasil.
#7 – “CMG-NGM-PDE”, Nana
Data de Lançamento: 13 de Outubro de 2017
Fonte: Tenho Mais Discos Que Amigos
Apesar
de morar na Alemanha e ser baiana, a cantora Nana tem excelentes letras sobre o
Rio de Janeiro. Tais como “Menino Carioca”, “Rua Paysandu” e “Copacabana”.
Possuindo
uma voz bastante suave e com letras bem atuais, Nana tem uma sonoridade e
apostou nos mesmos elementos que Mallu Magalhães. O LP é uma ótima mistura de
Samba, Bossa Nova, Pop e MPB. Ainda tem uma pitada de eletrônico que lembra a
cantora Mahmundi.
Um
disco bem leve, para ser ouvido pelas manhãs ou finais de tarde.
#6 – “As voltas que o mundo dá”, Biquini
Cavadão
Data de Lançamento: 3 de Fevereiro de 2017
Fonte: G1
Lançado
no inicio do ano, o álbum traz a ativa um dos grupos mais famosos dos anos 80.
Com
composições do início da década até o final do ano passado, a banda canta
principalmente sobre relacionamentos amorosos. Os destaques ficam para as ótimas “Nossa
Diferença de Idade” e “A Saudade é o Museu do Amor”.
Um dos pontos mais altos do disco é que
as doze canções foram produzidas por Liminha, ex-baixista dos Mutantes e que já trabalhou em inúmeros
álbuns de sucesso da música nacional
-.
Apesar de
ficar abaixo do trabalho anterior “Roda-Gigante”, lançado em 2013, é mais uma
excelente criação do Biquini Cavadão.
#5 – “Japanese Food”, Giovani Cidreira
Data de Lançamento: 7 de Abril de 2017
Fonte: Miojo Indie
Giovani Cidreira lembra Jorge Ben Jor, Woods,
The War On Drugs... pelo menos em sua sonoridade.
Digo isso, pois o cantor alterna muito bem entre
passado e presente, uma hora você está ouvindo canções típicas dos anos 70, já
em outros, são letras e arranjos que remetem bandas atuais.
Os vocais de Cidreira é outra coisa que merece
destaque. Escute “Festa de Judas”, acredito que seja uma excelente canção para
perceber a qualidade e a capacidade da voz do músico.
#4 – “Todas as Bandeiras”, Maglore
Data de Lançamento: 1 de Setembro de 2017
Fonte: Eu Escuto
Um
dos discos mais legais do ano! Agora como um quarteto - Teago Oliveira, Lucas
Oliveira, Lelo Brandão e Felipe Dieder -, o grupo Maglore usou e abusou de
referências que remetem a grupos de rock dos anos 60 e a MPB dos anos 70, 80 e
90.
Com
letras que abordam medo, violência, política, é um disco que reflete muito bem
a sociedade atual. O disco ainda carrega uma energia e uma psicodelia sem
igual.
Essa
Bahia é maravilhosa! – veja, já são quatro artistas da Bahia na lista.
#3 – “magnetite”, Scalene
Data de Lançamento: 18 de Agosto de 2017
Fonte: Portal Famosos
Depois do
premiado LP “Eter”, vencedor do Grammy Latino como o melhor álbum de rock do
ano passado, os brasilienses criaram “magnetite” – referência a um minério
magnético composto por óxido de ferro – como o terceiro álbum da carreira.
Além de
maduros, os riffs incríveis e a voz sempre poderosa de Gustavo Bertoni mostram
que a Scalene nunca esteve tão verdadeira, cantando e criticando a geração
atual, a era digital e a corrupção.
O final do
disco é extraordinário.
#2 – “Recomeçar”, Tim Bernardes*
Data de Lançamento: 12 de Setembro de 2017
Fonte: G1
Com
43 minutos de canções que abordam em sua maioria temas como solidão, tristeza e
corações partidos, “Recomeçar”, de Tim Bernardes, vocalista d´O Terno, é de
longe, o trabalho mais bonito do ano.
Juro,
Tim foi muito corajoso em revelar essa sua melancolia para o público. Vejamos o
caso de “Ela”, é uma música que parece ser bastante pessoal para o cantor. O álbum
ainda conta arranjos orquestrais que lembram a trilha sonora de um filme.
O
mais legal é esse LP maravilhoso chegar um ano depois do também ótimo “Melhor
Do Que Parece”, terceiro álbum de estúdio com sua banda.
#1 – “Galanga Livre”, Rincon Sapiência*
Data de Lançamento: 25 de Maio de 2017
Fonte: Miojo Indie
Também
conhecido como Manicongo, o ano de 2017 foi extraordinário para o artista da
zona leste de São Paulo. A principal razão disso é graças ao LP “Galanga
Livre”, lançado no mês de maio.
Com 13 faixas
e um pouco mais de quarenta minutos, o rapper desenvolve o disco apresentando a
história do escravo Galanga - personagem de um conto de Danilo Albert Ambrósio
-, responsável por assassinar um senhor de engenho.
Tendo
produzido praticamente todas as canções do álbum, o MC canta e rima sobre racismo,
relacionamentos, transporte público, violência e faz questão de dar destaque para negros e negras. E graças aos inúmeros e diferentes instrumentos e
batidas, Rincon deixa bem claro a sua grande influência da música africana, do
rock brasileiro e do funk.
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