Para celebrar o dia mundial do rock, um breve conto sobre o meu show favorito da vida: The Rolling Stones

Fonte: Alpha Coders

Até os meus anos 17 anos, se me perguntassem qual banda eu prefiro “The Beatles” ou “The Rolling Stones”, eu optaria facilmente pelo quarteto de Liverpool. Isso se deve muito a minha ignorância em relação ao grupo de Londres e a rivalidade que eu mesmo criava entre essas duas bandas e que é alimentada pela mídia até os dias de hoje.

Esse negócio de rivalidade entre as duas bandas só existe mesmo por parte da imprensa e de alguns fãs, pois é comprovado que eles se davam e se dão muito bem. Na biografia do Keith Richards – o maior guitarrista de todos os tempos – "Vida", ele mesmo declara que eles avisavam com antecedência uns aos outros quando lançariam uma canção, álbum, tudo, para não disputarem o primeiro lugar. John Lennon também sempre foi grande amigo de Keith, tanto que sempre se drogava quando o visitava. Charlie Watts também tem muito respeito em relação a Ringo Starr e vice-versa. Então, vamos parar com esse negócio de se gostar de uma, não pode gostar da outra, temos que deixar claro em nossas mentes, que sem The Beatles, não existiria The Rolling Stones e sem The Rolling Stones, The Beatles não seria tão grande como é.

Mas então, quando eu fiz 17 anos, eu comecei a me interessar mais pelos Stones. Decidi ir além dos sucessos “Satisfaction”, “Start Me Up” e “Gimme Shelter”. E pra ser sincero, isso se deve a dois fatores. Primeiro, pelo maravilhoso show que eles fizeram de GRAÇA na praia de Copacabana, em 2006 e que acabei assistindo pelo Youtube em 2014 e segundo, as duas fotos que levam a capa e a contra capa da biografia do Keith Richards. Ambas acabaram me chamando muito a atenção, na capa, ele parece estar tenso, querendo revelar e mostrar o seu lado mais sombrio, já atrás, ele está super sorridente, mostrando o seu lado mais feliz.

Então tá, em 27 de fevereiro de 2016, eu pude realizar o sonho de vê-los de pertinho - até que não demorou muito para “conhecê-los”, não é mesmo? - Foi o segundo show que eles fizeram em São Paulo em relação a Olé Tour. E cara, foi mais que épico! Acredito que até o dia de hoje nunca pulei, cantei, gritei e chorei tanto vendo um show.

Foi foda pra caralho! Lembro que estava tão empolgado que nem ouvi o locutor dizendo o característico “Ladies and Gentleman, The Rolling Stones”, lembro só do Keith entrando no palco e soltando os primeiros riffs de “Jumpin´ Jack Flash".

Tenho que citar aqui também o que foi a dobradinha Midnight Rambler e Miss You. Nunca vi coisa igual! Foi uma aula de como tocar um instrumento. O solo do Darryl Jones em Miss You continua na minha cabeça. Ver o Rogério Ceni do Rock também foi irado! Esse é o Ronnie Wood, que sempre parava para fumar nos intervalos das músicas. Charlie tem uma classe sem igual, não tem nenhum baterista de jazz que toca tão bem blues como ele. Ali em cima, quando eu disse que chorei, foi quando o Keith cantou e tocou “Before they make me run”, foi o melhor momento da noite para mim. E bom, falta o Mick, né? Não existe ninguém como ele. O gingado dele continua o mesmo, perfeito.

Bom, esse foi o show o da minha vida e não tem data melhor para contar, revelar do que no dia mundial do rock e na semana em que o primeiro show da vida deles completa 55 anos. Já quero eles aqui de novo para cantarem as novas canções do álbum do ano passado, “Blue & Lonesome”. Não estão nada velhos! 

~Gustavo/Gus

Comentários