Buenas noches pessoal, como vão? Depois de enfim entregar o TCC, estou de volta aqui. Em janeiro prometo tentar mais postagens, as coisas vão mudar. Pois bem, no sábado, eu e o senhor Gustavo estivemos presentes na Comic Con Experience 2015, organizada pela galera do Omelete. Como prometido no slogan, o evento foi sim, e muito, épico. Mas não podemos negar que algumas coisas deixaram a desejar. Estou relatando aqui como um fã como foi a experiência e o Gus em breve postará o ponto de vista dele também. Escolhi a seção Prós e Contras, mas têm pontos que são mesclas de coisas boas e ruins. A seguir, o que pode repetir, o que dá para melhorar e o que precisa mudar urgentemente na CCXP 2016.
Prós
Valorização Nerd no Brasil
Como fico feliz em ver que no Brasil, um país conservador e muitas vezes com atitudes mesquinhas (falarei disso mais abaixo) está se tornando uma referência para os amantes de cultura nerd. Sou da época em que gostar de Pokémon significava bullying, surras e exclusão com os amigos. Hoje, a valorização deste tipo de cultura mudou e para melhor. Não é difícil encontrar uma referência a Breaking Bad na camiseta da moça sentada na padaria, ou uma tatuagem do Goku na panturrilha do rapaz que está jogando bola. Uma experiência boa que tive recentemente foi abrir a minha mochila no metrô, pegar o meu mangá de Fairy Tail e ler sossegado no metrô. E vi que não era o único. Outros estavam fazendo isso, com HQs, livros juvenis (tema do meu TCC), revistas geeks, e os próprios mangás. Essa disseminação de que não é preciso ser criança para gostar de nerdices de fato veio para ficar no Brasil. Tanto é que os ingressos para a feira de sábado e domingo estavam esgotados! A Globo está atrás deste público também, palavras do editor do Omelete, Érico Borgo. As mudanças ocorrem e como é bom sentir este nerd pride correndo nas veias. A CCXP é a prova viva disso. Famílias, idosos, bebês, pessoas de todas as idades, em meio à lotada feira. Não tenho palavras para expressar o quão isso é gratificante. E somos referência lá fora! Borgo citou novamente: fazemos tudo tão bem que muitos dizem que damos um show em qualquer outra CC que não seja a de San Diego. Ou quem sabe até mesmo dela.
Painéis e Convidados de Peso
E toda esta supervalorização se deve também à uma programação de peso. Jim Lee, Frank Miller, Evangeline Lily, Misha Colins, John Rhys-Davies, Gerard Way, Steve Cardenas, Adam Sandler, Terry Crews, Taylor Lautner, Maurício de Sousa, os elencos de Sense8 e Jessica Jones e muito mais fizeram valer a pena o salgado preço do ingresso. A alegria dos fãs ao ver essa galera foi incrível. Não tive chance nem paciência para encontrar algum deles, até porque os que mais gostava vieram em outros dias que não fossem sábado, mas que demais deve ter sido para todos que esperavam encontrar o seu ídolo tão pertinho. E os painéis, o que foi ver "O Bom Dinossauro" antes que todo mundo? E como não se espernear ao ver Rodrigo Lombardi chamar Ricardo Boechat, meu ídolo do jornalismo, como dublador surpresa em Zootopia? E os trailers de Capitão América: Guerra Civil, Star Wars e Batman vs Superman? O anúncio do longa Laços, da MSP? Tantas coisas boas, e ano que vem promete ser ainda melhor.
Omelete
E devemos tudo isso graças ao pessoal do Omelete. Confesso que fiquei um pouco decepcionado por ter sido cortado no sábado pela organização justo na hora que ia encontrá-los no Meet e Greet, faltavam duas pessoas na minha frente para tirar foto com eles. Mas ano que vem teremos mais, espero muito poder retribuir o esforço que eles tiveram todo este ano nas próximas edições, comparecendo e fazendo parte destes momentos épicos. E a atitude deles em repudiar as babaquices do Pânico e ter cuidado com os fãs, também me fez valorizá-los ainda mais.
Praça de Alimentação
Vamos combinar que comida não é sempre barata, certo? Hoje em dia, é difícil ver uma pizza normal por menos de quinze reais. E em eventos, é claro que a comida pesa e será mais cara, os estandes precisam pagar por estarem lá. E a diversidade me impressionou, fui almoçar pelas 16h no sábado e comi bem, nada surpreendente, mas atingiu minhas expectativas. Tinha de pão de queijo a raspadinha, de kebab a mini pizza, de burger a salada, de massa a temaki, e uma parte só com food trucks com filas gigantescas. E várias mesas enormes, com o estilo coletivo. Conheci pessoas que sentaram na mesma mesa que eu, foi divertido. A limpeza podia ser mais eficiente sim, mas não reclamo nesse sentido como algo que pesou na minha avaliação. E praças com recarregadores de celular, embora lotadas, foram uma ótima sacada.
Traslado
Não merece apenas um bom comentário, merece a nota máxima. Que alegria foi ver um ônibus em pleno sábado de manhã, sem filas grandes, com ar condicionado, confortável e de graça. Até mesmo no retorno, embaixo de chuva, o pessoal agiu rápido. O traslado foi nota 10, mantenham isso no ano que vem, por favor.
Produtos Exclusivos
Eu me surpreendi com alguns produtos que não esperava encontrar lá. Vi fãs se matando para cópias exclusivas de action figures, e edições feitas especificamente para a CCXP. Eu comprei duas coisas que me chamaram a atenção e não constavam na lista: uma edição da TMJ feita para a CCXP e o Mangá nº 17 de Magi, saiu antes mesmo de comprar o 16. Que continuem assim, haha.
Cosplays
Por fim, quero ressaltar que o povo caprichou. Vi ótimos cosplays e cospobres de Deadpool, Malévola, X-Men, Liga da Justiça, Esquadrão Suicida, Avengers, Big Hero 6, Frozen, Star Wars, Harry Potter, Jovens Titãs, Power Rangers (o que era aquele Megazord? Haha) e muito mais. Parabéns mesmo, gente, arrebentaram!
Regulares
Estrutura
Vamos agora aos pontos regulares. A estrutura do Centro Imigrantes está em reforma, e tivemos de andar dez minutos. Mas o que me incomodou mesmo foi ter que voltar em um dilúvio para pegar o traslado. Sério, os tapumes alagaram, a lama se espalhou, crianças choravam nos colos dos pais, quem tentava se pendurar era obrigado a meter o pé na lama. Foi um pequeno caos, mas espero que ano que vem o espaço esteja 100% para evitar isso. E quanto ao auditório, que legal que aumentou de 1000 para 2500 lugares, mas tivemos algumas poltronas cortadas no dia pela organização da Disney e quase não entrei. Fiquei em desespero, mas tudo deu certo, vi o que queria. Esperamos ano que vem um auditório com 10.000 haha. Ou seja, a estrutura do evento é boa, mas pode melhorar.
Meet e Greet
Não fui a nenhum, fato. Mas não posso deixar de ressaltar que, enquanto elogiavam a organização do painel do Misha, reclamaram horrores do painel de Jessica Jones, com fãs gritando, staff mal educada e atores assustados e saindo meia hora antes. É pessoal, respeito faltando por todas as partes, se for verdade.
Estandes
As atrações prometiam. Piscina de bolinhas gigante, escape 60, pista de patinação, parede de escalada... mas na hora H, tinham defeitos. Na piscina de bolinhas, seus pertences não iam a um guarda-volume, ficavam à mercê de qualquer um que pudesse roubar no chão. No escape 60, reservas esgotadas todos os dias. Patinação em um cubículo, nem deu para ver nada. Parabenizo a Warner e a Netflix, de fato os dois melhores. A Disney teve pontos fortes como Star Wars, mas bobeou na parte da Marvel, e feio. Outros pontos: a Hasbro tinha muita interatividade, mas pouco produto. A Intrínseca tava arrumadinha, mas faltaram alguns livros com desconto. A Saraiva quase sumiu da lista. A Panini ficou bonita, mas a fila do caixa, bem ruinzinha. A Comix estava grande, mas como sempre, apertada. Pessoal, dá para melhorar ano que vem, fica a dica.
Preços e Ingressos
Os preços também pesaram. Como citei, tinha coisa que nem rolava comprar lá. Algumas lojas deram descontos, mas outras faziam você comprar gato por lebre. Resumindo: me senti na Black Friday kkk. E uma coisa que queria perguntar para a organização: alguém teve a coragem de comprar inteira? Não deveriam vender inteira, sério. Todos tinham carteirinha ou livro na mão. A pilha de livros doados dava para encher o estande da Saraiva hahaha. Ou obriguem todos a trazerem livros ou não façam esse serviço de meia. Mas legal que todos puderam entrar assim, foi uma boa iniciativa.
Banheiros
Demorei e muito para achar um banheiro. Quando achei, não tive problemas, mas a fila das meninas, coitadas. Só não digo o mesmo para quem estava dentro do auditório, desisti de tentar usar aquele sanitário em especial. E banheiros químicos na área de food trucks estavam fedendo de longe, outro ponto negativo.
Energia Elétrica
No final do sábado, faltou a luz. Metade da CCXP ficou sem energia elétrica e a outra metade funcionava. Estava na live do omelete e lá eles tentavam voltar a todo custo. Só voltou no instante que atravessei a catraca, coincidentemente. Não tinham gerador para um evento desta imensidão? Ao menos voltou rápido, por isso fica em regular.
Contras
Água
Nem tudo são flores. Pouquíssimos bebedouros e cada água cinco reais. Trouxe uma de casa, mas nem deu pro gasto, coitada. Sério, podiam abaixar um pouquinho o preço e colocar mais bebedouros. Não é à toa que as raspadinhas tinham as maiores filas -q.
Calor
Gente, sério. Quase morremos de calor. Tirando o auditório, tinha lugar que nem rolava ficar. Poderia fritar um ovo no estande da Panini. O do Netflix era a sauna nu de Sense8 na pele. O sistema de ar condicionado foi falho e todos sofremos. Em especial os Cosplayers. No estande da Sony, vi um pobre Deadpool passando o ventilador solitário embaixo da axila. No da Fox, um coitado Darth Vader tirou a máscara e tomou um água. Imaginem um Chewbacca ou um Pernalonga, cruzes. Ano que vem, venham de Wolfgang, galera. Entendedores entenderão.
Brindes
Na live de quinta, a galera tava alegre e dizendo que ganhou vários brindes, O único que vi foi uma ecobag de O Bom Dinossauro no auditório, como capinha de poltrona. Muito linda, por sinal. Mas sério, pagamos caro para que faltem e muito nesse quesito. A Hasbro só distribuía após fazer cadastro, não curti muito isso. Na Warner, o brinde que ganhei foi um papel com desodorante do Super Homem espirrado. Sério. Vi boatos que tinha miojo e pipoca grátis, mas não vi. Peguei alguns marcadores na Intrínseca e umas balinhas na Comix. Achei uma sacola da Made In Brazil. Só tinha anúncios, quase uma árvore inteira destruída para saber quais são as mil escolas que dão aulas de violão. Fiquei meio decepcionado com essa falta de gratidão nos estandes.
Funcionários
Foi, para mim, o pior ponto disparado. Largaram uma pá de voluntários para terceirizarem uma povo muito despreparado e sem informação. Logo na entrada, mal sabia que já tinha que andar com a credencial no pescoço assim que saísse do traslado, a mulher me deu uma bronca de tão grossa que me deu raiva. Nas filas, nem te revistaram. Paus de selfies, guarda-chuvas e outras coisinhas rolaram solta no evento, isso porque no Manual de Sobrevivência proibiram tudo. Informações sobre banheiros, só uma gentil segurança soube me dizer. Faxineiros, vi mais nos estandes limpos do que nas praças de alimentação sujas ou banheiros sem sabonetes líquidos. Pra sair do auditório, seguranças bravões e sem um pingo de respeito para me indicar onde era a saída. E o pior, na saída do evento, depois de atravessar o lamaçal, me indicam a saída errada para o traslado e perdi quase três ônibus, ainda me chamaram de "fio", dizendo "eu não sei te dizer onde é, meu fio". Belos instrutores.
Filas e Muvuca
Isso me chateou a ponto de desistir de alguns estandes e filas de autógrafos. Filas e muvuca em todos os lugares. Ano que vem tentarei ir de quinta-feira só para aproveitar os estandes, porque de sábado, sem chance. E o calor humano, aumentou o calor. Mas isso não é culpa da organização,é uma questão de problema pessoal. Poderiam ao menos fazerem estandes com circulação melhor e controlada, como o da Panini e o da Comix (que poderiam ser menos apertados no caixa), mas que deram conta do recado ao controlarem o número de visitantes que entrava e saía.
Educação da Galera
Por fim, voltando ao Brasil retrógrado, parabéns galera burra. Xingamentos a solta, filas furadas, grosserias, mostrando desrespeito ao Brasil para a Evangeline e tantas outras atitudes toscas vindas de uma grande parte do pessoal. Se superaram na tosquice, o Brasil realmente não vai pra frente assim.
É isso pessoal. Como falei, gostei de grande parte, mas tive decepções também. Não vou colocar imagens para não ter qualquer risco de conteúdo impróprio. No mais, estarei lá em 2016!
~Murilo/Mud
Prós
Valorização Nerd no Brasil
Como fico feliz em ver que no Brasil, um país conservador e muitas vezes com atitudes mesquinhas (falarei disso mais abaixo) está se tornando uma referência para os amantes de cultura nerd. Sou da época em que gostar de Pokémon significava bullying, surras e exclusão com os amigos. Hoje, a valorização deste tipo de cultura mudou e para melhor. Não é difícil encontrar uma referência a Breaking Bad na camiseta da moça sentada na padaria, ou uma tatuagem do Goku na panturrilha do rapaz que está jogando bola. Uma experiência boa que tive recentemente foi abrir a minha mochila no metrô, pegar o meu mangá de Fairy Tail e ler sossegado no metrô. E vi que não era o único. Outros estavam fazendo isso, com HQs, livros juvenis (tema do meu TCC), revistas geeks, e os próprios mangás. Essa disseminação de que não é preciso ser criança para gostar de nerdices de fato veio para ficar no Brasil. Tanto é que os ingressos para a feira de sábado e domingo estavam esgotados! A Globo está atrás deste público também, palavras do editor do Omelete, Érico Borgo. As mudanças ocorrem e como é bom sentir este nerd pride correndo nas veias. A CCXP é a prova viva disso. Famílias, idosos, bebês, pessoas de todas as idades, em meio à lotada feira. Não tenho palavras para expressar o quão isso é gratificante. E somos referência lá fora! Borgo citou novamente: fazemos tudo tão bem que muitos dizem que damos um show em qualquer outra CC que não seja a de San Diego. Ou quem sabe até mesmo dela.
Painéis e Convidados de Peso
E toda esta supervalorização se deve também à uma programação de peso. Jim Lee, Frank Miller, Evangeline Lily, Misha Colins, John Rhys-Davies, Gerard Way, Steve Cardenas, Adam Sandler, Terry Crews, Taylor Lautner, Maurício de Sousa, os elencos de Sense8 e Jessica Jones e muito mais fizeram valer a pena o salgado preço do ingresso. A alegria dos fãs ao ver essa galera foi incrível. Não tive chance nem paciência para encontrar algum deles, até porque os que mais gostava vieram em outros dias que não fossem sábado, mas que demais deve ter sido para todos que esperavam encontrar o seu ídolo tão pertinho. E os painéis, o que foi ver "O Bom Dinossauro" antes que todo mundo? E como não se espernear ao ver Rodrigo Lombardi chamar Ricardo Boechat, meu ídolo do jornalismo, como dublador surpresa em Zootopia? E os trailers de Capitão América: Guerra Civil, Star Wars e Batman vs Superman? O anúncio do longa Laços, da MSP? Tantas coisas boas, e ano que vem promete ser ainda melhor.
Omelete
E devemos tudo isso graças ao pessoal do Omelete. Confesso que fiquei um pouco decepcionado por ter sido cortado no sábado pela organização justo na hora que ia encontrá-los no Meet e Greet, faltavam duas pessoas na minha frente para tirar foto com eles. Mas ano que vem teremos mais, espero muito poder retribuir o esforço que eles tiveram todo este ano nas próximas edições, comparecendo e fazendo parte destes momentos épicos. E a atitude deles em repudiar as babaquices do Pânico e ter cuidado com os fãs, também me fez valorizá-los ainda mais.
Praça de Alimentação
Vamos combinar que comida não é sempre barata, certo? Hoje em dia, é difícil ver uma pizza normal por menos de quinze reais. E em eventos, é claro que a comida pesa e será mais cara, os estandes precisam pagar por estarem lá. E a diversidade me impressionou, fui almoçar pelas 16h no sábado e comi bem, nada surpreendente, mas atingiu minhas expectativas. Tinha de pão de queijo a raspadinha, de kebab a mini pizza, de burger a salada, de massa a temaki, e uma parte só com food trucks com filas gigantescas. E várias mesas enormes, com o estilo coletivo. Conheci pessoas que sentaram na mesma mesa que eu, foi divertido. A limpeza podia ser mais eficiente sim, mas não reclamo nesse sentido como algo que pesou na minha avaliação. E praças com recarregadores de celular, embora lotadas, foram uma ótima sacada.
Traslado
Não merece apenas um bom comentário, merece a nota máxima. Que alegria foi ver um ônibus em pleno sábado de manhã, sem filas grandes, com ar condicionado, confortável e de graça. Até mesmo no retorno, embaixo de chuva, o pessoal agiu rápido. O traslado foi nota 10, mantenham isso no ano que vem, por favor.
Produtos Exclusivos
Eu me surpreendi com alguns produtos que não esperava encontrar lá. Vi fãs se matando para cópias exclusivas de action figures, e edições feitas especificamente para a CCXP. Eu comprei duas coisas que me chamaram a atenção e não constavam na lista: uma edição da TMJ feita para a CCXP e o Mangá nº 17 de Magi, saiu antes mesmo de comprar o 16. Que continuem assim, haha.
Cosplays
Por fim, quero ressaltar que o povo caprichou. Vi ótimos cosplays e cospobres de Deadpool, Malévola, X-Men, Liga da Justiça, Esquadrão Suicida, Avengers, Big Hero 6, Frozen, Star Wars, Harry Potter, Jovens Titãs, Power Rangers (o que era aquele Megazord? Haha) e muito mais. Parabéns mesmo, gente, arrebentaram!
Regulares
Estrutura
Vamos agora aos pontos regulares. A estrutura do Centro Imigrantes está em reforma, e tivemos de andar dez minutos. Mas o que me incomodou mesmo foi ter que voltar em um dilúvio para pegar o traslado. Sério, os tapumes alagaram, a lama se espalhou, crianças choravam nos colos dos pais, quem tentava se pendurar era obrigado a meter o pé na lama. Foi um pequeno caos, mas espero que ano que vem o espaço esteja 100% para evitar isso. E quanto ao auditório, que legal que aumentou de 1000 para 2500 lugares, mas tivemos algumas poltronas cortadas no dia pela organização da Disney e quase não entrei. Fiquei em desespero, mas tudo deu certo, vi o que queria. Esperamos ano que vem um auditório com 10.000 haha. Ou seja, a estrutura do evento é boa, mas pode melhorar.
Meet e Greet
Não fui a nenhum, fato. Mas não posso deixar de ressaltar que, enquanto elogiavam a organização do painel do Misha, reclamaram horrores do painel de Jessica Jones, com fãs gritando, staff mal educada e atores assustados e saindo meia hora antes. É pessoal, respeito faltando por todas as partes, se for verdade.
Estandes
As atrações prometiam. Piscina de bolinhas gigante, escape 60, pista de patinação, parede de escalada... mas na hora H, tinham defeitos. Na piscina de bolinhas, seus pertences não iam a um guarda-volume, ficavam à mercê de qualquer um que pudesse roubar no chão. No escape 60, reservas esgotadas todos os dias. Patinação em um cubículo, nem deu para ver nada. Parabenizo a Warner e a Netflix, de fato os dois melhores. A Disney teve pontos fortes como Star Wars, mas bobeou na parte da Marvel, e feio. Outros pontos: a Hasbro tinha muita interatividade, mas pouco produto. A Intrínseca tava arrumadinha, mas faltaram alguns livros com desconto. A Saraiva quase sumiu da lista. A Panini ficou bonita, mas a fila do caixa, bem ruinzinha. A Comix estava grande, mas como sempre, apertada. Pessoal, dá para melhorar ano que vem, fica a dica.
Preços e Ingressos
Os preços também pesaram. Como citei, tinha coisa que nem rolava comprar lá. Algumas lojas deram descontos, mas outras faziam você comprar gato por lebre. Resumindo: me senti na Black Friday kkk. E uma coisa que queria perguntar para a organização: alguém teve a coragem de comprar inteira? Não deveriam vender inteira, sério. Todos tinham carteirinha ou livro na mão. A pilha de livros doados dava para encher o estande da Saraiva hahaha. Ou obriguem todos a trazerem livros ou não façam esse serviço de meia. Mas legal que todos puderam entrar assim, foi uma boa iniciativa.
Banheiros
Demorei e muito para achar um banheiro. Quando achei, não tive problemas, mas a fila das meninas, coitadas. Só não digo o mesmo para quem estava dentro do auditório, desisti de tentar usar aquele sanitário em especial. E banheiros químicos na área de food trucks estavam fedendo de longe, outro ponto negativo.
Energia Elétrica
No final do sábado, faltou a luz. Metade da CCXP ficou sem energia elétrica e a outra metade funcionava. Estava na live do omelete e lá eles tentavam voltar a todo custo. Só voltou no instante que atravessei a catraca, coincidentemente. Não tinham gerador para um evento desta imensidão? Ao menos voltou rápido, por isso fica em regular.
Contras
Água
Nem tudo são flores. Pouquíssimos bebedouros e cada água cinco reais. Trouxe uma de casa, mas nem deu pro gasto, coitada. Sério, podiam abaixar um pouquinho o preço e colocar mais bebedouros. Não é à toa que as raspadinhas tinham as maiores filas -q.
Calor
Gente, sério. Quase morremos de calor. Tirando o auditório, tinha lugar que nem rolava ficar. Poderia fritar um ovo no estande da Panini. O do Netflix era a sauna nu de Sense8 na pele. O sistema de ar condicionado foi falho e todos sofremos. Em especial os Cosplayers. No estande da Sony, vi um pobre Deadpool passando o ventilador solitário embaixo da axila. No da Fox, um coitado Darth Vader tirou a máscara e tomou um água. Imaginem um Chewbacca ou um Pernalonga, cruzes. Ano que vem, venham de Wolfgang, galera. Entendedores entenderão.
Brindes
Na live de quinta, a galera tava alegre e dizendo que ganhou vários brindes, O único que vi foi uma ecobag de O Bom Dinossauro no auditório, como capinha de poltrona. Muito linda, por sinal. Mas sério, pagamos caro para que faltem e muito nesse quesito. A Hasbro só distribuía após fazer cadastro, não curti muito isso. Na Warner, o brinde que ganhei foi um papel com desodorante do Super Homem espirrado. Sério. Vi boatos que tinha miojo e pipoca grátis, mas não vi. Peguei alguns marcadores na Intrínseca e umas balinhas na Comix. Achei uma sacola da Made In Brazil. Só tinha anúncios, quase uma árvore inteira destruída para saber quais são as mil escolas que dão aulas de violão. Fiquei meio decepcionado com essa falta de gratidão nos estandes.
Funcionários
Foi, para mim, o pior ponto disparado. Largaram uma pá de voluntários para terceirizarem uma povo muito despreparado e sem informação. Logo na entrada, mal sabia que já tinha que andar com a credencial no pescoço assim que saísse do traslado, a mulher me deu uma bronca de tão grossa que me deu raiva. Nas filas, nem te revistaram. Paus de selfies, guarda-chuvas e outras coisinhas rolaram solta no evento, isso porque no Manual de Sobrevivência proibiram tudo. Informações sobre banheiros, só uma gentil segurança soube me dizer. Faxineiros, vi mais nos estandes limpos do que nas praças de alimentação sujas ou banheiros sem sabonetes líquidos. Pra sair do auditório, seguranças bravões e sem um pingo de respeito para me indicar onde era a saída. E o pior, na saída do evento, depois de atravessar o lamaçal, me indicam a saída errada para o traslado e perdi quase três ônibus, ainda me chamaram de "fio", dizendo "eu não sei te dizer onde é, meu fio". Belos instrutores.
Filas e Muvuca
Isso me chateou a ponto de desistir de alguns estandes e filas de autógrafos. Filas e muvuca em todos os lugares. Ano que vem tentarei ir de quinta-feira só para aproveitar os estandes, porque de sábado, sem chance. E o calor humano, aumentou o calor. Mas isso não é culpa da organização,é uma questão de problema pessoal. Poderiam ao menos fazerem estandes com circulação melhor e controlada, como o da Panini e o da Comix (que poderiam ser menos apertados no caixa), mas que deram conta do recado ao controlarem o número de visitantes que entrava e saía.
Educação da Galera
Por fim, voltando ao Brasil retrógrado, parabéns galera burra. Xingamentos a solta, filas furadas, grosserias, mostrando desrespeito ao Brasil para a Evangeline e tantas outras atitudes toscas vindas de uma grande parte do pessoal. Se superaram na tosquice, o Brasil realmente não vai pra frente assim.
É isso pessoal. Como falei, gostei de grande parte, mas tive decepções também. Não vou colocar imagens para não ter qualquer risco de conteúdo impróprio. No mais, estarei lá em 2016!
~Murilo/Mud
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