Primeiras Impressões: Endgame - O Chamado

Olá pessoas! De boinha? Cada mês eu ando percorrendo um universo diferente da cultura geek, enquanto em janeiro eu foquei em séries, fevereiro ficou em mangás e animes e agora em março, dois livros de uma vez. O primeiro foi o Trust No One (Não Confiem em Ninguém, no Brasil), quinto livro da parte II de The 39 Clues, série excelente, mas livros caros e que perderam o foco da Editora Ática, demoraram uma eternidade para publicarem esse e comprei no site deles diretamente, saiu em Janeiro e só fui ver semana passada. A boa notícia é que entregam rápido e seguramente para casa, recomendo o serviço deles. Já o preço, bem salgado, quarenta reais mais taxa de entrega por um livro de 200 páginas pequenas, só comprei porque quero terminar a série e só falta o último livro. E o acabamento nacional na capa é espetacular, o ilustrador é sensacional. E Amy e Dan estiveram no Brasil, viram capoeira, comeram numa churrascaria e visitaram Foz do Iguaçu, adorei o jeito escrito nesse livro.

Fonte:www.gamesradar.com

Pois bem, nesse post irei falar sobre um livro novo que li para quem gosta de distopias e jogos, no estilo de George Orwell, Battle Royale e, claro, Jogos Vorazes. O Endgame se tornou um pouco famoso por uma série de motivos no exterior. O principal deles é que, nas páginas do livro, havia uma série de enigmas e desafios a serem cumpridos. O primeiro que conseguisse cumprir receberia a bagatela de meio milhão de dólares em casa. Não soube quem ganhou, se já teve algum ganhador para ser sincero, mas a ideia é muito boa. E se pensa que é fácil esqueça, dificílimo. O lançamento ocorreu simultaneamente pelo mundo e é rico em detalhes e escrita. No final do livro, existem vários links sobre os assuntos citados no livro para que o leitor interaja e procure saber mais sobre locais e monumentos.

A história gira em torno de doze personagens que disputarão um jogo apocalíptico pela sobrevivência da raça humana mais merecedora: o chamado Endgame. No passado longíquo, um ser divino chamado Kepler vem a Terra e explica que as doze raças disputarão no momento certo um jogo mortal, onde deverão cumprir missões e estarem preparados.

Desde aquele dia, as doze raças preparam jovens entre 13 e 20 anos para disputarem o bendito Endgame. Eles treinam violentamente, matam, sobrevivem e tudo mais nos extremos, e quando completam vinte anos, devem passar o encargo a alguém que atenda à idade escolhida. E adivinhem quando enfim o Endgame decide começar? Nos dias atuais.

Doze meteoros, um para cada jogador, caem nas cidades onde eles vivem. Apesar dos doze narrarem seu ponto de vista no livro, há uma clara predileção por Sarah Alopay, uma garota ruiva acastanhada que representa a raça cahokiana, que compreende os norte-americanos e canadenses. Além dela, temos os outros doze:

Jago Tlaloc: Rapaz alto de cabelos escuros.Torna-se aliado de Sarah durante o jogo, é um olmeca, representa os sul-americanos e latinos (nossas vidas dependem do Jago, galera).

Baitsakhan - Representante dos donghus, que correspondem aos mongóis e pardos da região da Mongólia. É um serzinho desprezível de 13 anos, o mais novo e mais inconsequente do jogo, conta com a ajuda da família para cometer assassinatos.

Chiyoko Takeda - Minha personagem favorita. Representa a raça Mu, que corresponde a uma linhagem perdida japonesa, ela é muda e sagaz, uma espécie de ninja silenciosa e que quer justiça no Endgame.

Hilal Ibn Isa - O axumita representa a população africana. Tenta pregar a paz no Endgame, mas depois começa a jogar sério. Mesmo assim, possui fontes espirituais que o deixam mais forte, aparentemente.

Aisling Kopp - Descendente dos celtas, é a correspondente de boa parte dos Estados Unidos e Europa, é ruiva de cabelo curto e tem instintos de caçadora de animais.

Alice Upalala - Lembra uma aborígene, mas é uma koori. A mais calma aparentemente, grandona e boa com o bumerangue, preza por um Endgame sem trapaças. É a representante australiana.

Kala Mozami - Suméria, vive no Oriente Médio e usa uma espécie de burca. É maldosa e astuta, chega bem perto da chave no primeiro livro.

Maccabee Adlai - Um bon vivant grandalhão e grosso, só se dá mal e não parece pensar muito. O nabateu veio da SIbéria e representa a Rússia e países do gênero.

An Liu - O cidadão é um cara estranho que sofreu muito na infância. Da linhagem shang, tem tatuagens e motocicletas, um moicano, mas é um nerd com tiques ao mesmo tempo. Gagueja, treme, pisca toda hora. Menos quando encontra uma jogadora pelo qual se apaixona. Representa toda a China.

Marcus Loxias Megalos - O mais animado com o Endgame, com instinto matador e metido demais. O jogo acaba dando uma lição nele, é o minoico viciado em futebol e representa o leste europeu, como a Turquia.

Shari Chopra - Uma moça pacífica, da linhagem harapaneana, é mãe logo cedo e casada. É raptada por um jogador e ajuda uma mulher a parir em um ônibus chinês. Representa a Índia.

Fonte:friendssharebooks.org

Bem, os doze malucos aí em cima lutam entre si para procurarem três chaves que Kepler ordena a eles. O cenário de luta é o mundo todo, não dá para ficar seguro. Aquele que perde ou morre, tem a raça inteira eliminada. Só a raça do campeão sobreviverá ao ataque. A temática é interessante e envolvente. Um personagem que também é narrador é o namorado de Sarah, Kristopher, que persegue a amada pelo mundo para protegê-la, mas com a chegada de Jago, as coisas acabam mudando. 

É ideal para quem curtiu Jogos Vorazes e Battle Royale, acho um meio termo entre os dois, não chega a ser muito sangrento quanto o segundo e nem muito leve quanto o primeiro. Eu comprei a edição especial com capa dourada, achei melhor que a amarela. Lembra um pouco também "Eu Sou o Número Quatro". Não tem previsão para os dois próximos que completam a trilogia. E vou soltar um pequeno SPOILER, nesse livro, temos doze jogadores. Para o próximo, serão apenas oito. Veremos o desenrolar da história.

~Murilo/Mud