Castelo 20 anos - Por dentro da exposição!

Olá leitores, como vão? O assunto de hoje é algo que sempre marcou minha infância e que enfim pude aproveitar da maneira merecida. Trata-se da exposição do Castelo Rá-tim-bum, que acontece desde julho no Museu da Imagem e do Som.
Caaaasssteeeelo
Bem, preciso explicar minha trajetória com a série e como adquiri o ingresso, antes mesmo do conteúdo da exposição em si. Desde pequeno, enchia o saco da minha mãe com a série. Assistia dias seguidos de episódios, tinha VHSs diversos (ainda os guardo) com todos os episódios gravados, sejam eles os originais ou os feitos pela minha mãe. Eu tinha um boneco do Nino de pelúcia, livrinhos, jogos e até mesmo o CD com as músicas, até hoje sei de cor xD.

Então, em Julho liberaram a venda de ingressos. Na ocasião não pude ir, tinha planejado o alvoroço diminuir para fazer parte da exposição. O problema é: tudo agora virou moda no Brasil, ou seja, todos querem ir e fica lotado. O mesmo aconteceu com shows e a Bienal do Livro 2014, que citei alguns posts antes. No final das contas, filas enormes para comprar um ingresso, sites congestionados e muita confusão e revolta por todos os lados.
Fila tão grande quanto o público do circo. Quem não se lembra desse quadro?
Comprei o meu ingresso três semanas atrás, pela Internet. Minha primeira tentativa foi falha e a segunda deu certo por questão de sorte e esperteza. A começar pela atualização, os ingressos são liberados ao 12h de dias de semana, ao menos quando as liberações de antes foram feitas.No dia em que comprei, atualizei a página 11h50 constantemente, até que apareceu lá para fazer a reserva. Eu já tinha feito o cadastro no site, portanto não perdi muito tempo também. E fui direto para um horário que poucos pegariam: 13h da tarde. Todo mundo cisma que horário de almoço é sagrado, eu e minha família não temos esta regra fixa de almoçar 12h e já havíamos combinado naquela hora. Logo, fui comprando pelo site lento e horrível do ingresso rápido.
Chegada: 11h50. Dedos: 11 hehe
O problema é que ele trava demais. E você tem o limite de 20 minutos após a reserva para efetuar o pagamento. O meu travou três vezes durante todo o processo, eu copiava o link e abria em janelas anônimas até carregar de novo. E deu certo! Faltando três minutos, minha compra foi efetuada. Pedi para entregarem em casa com uma taxa adicional de 18 reais (facada x-x). Mas como moro na região do ABC, preferi esta comodidade a ter que retirar em um posto. Eles liberam as entregas apenas na semana seguinte e meu ingresso chegou faltando uns 10 dias para a exposição. Tudo certinho e lacrado.

Bem, então sábado, dia 20, foi o dia tão aguardado. Saí de casa 11h30 em uma manhã chuvosa, mas foi muito tranquilo. Sem trânsito (dei sorte que a meia-maratona de SP seria apenas no domingo, dia 21) cheguei ao MIS por volta de 12h20. Uma pequena fila se formava na entrada e ao lado, um enorme toldo com a imagem do castelo para se tirar algumas fotinhos bacanas. É claro que tiramos as fotos e só depois fomos ver a fila.

O horário foi ideal. Depois que entramos na fila, talvez os trigésimos dela, tudo atrás de nós lotou. Até a fila da barraquinha de hot-dog tinha bastante gente, uma galera sem fim ficou na fila das 12h30 até 13h10. Enfim, foi nossa vez de entrar. A entrada é a clássica, com o porteiro e a portinha, mas só dá para tirar fotos com o simpático ser azul no final da exposição, a fim de evitar confrontos.
Plift, ploft, still: a porta se abriu!
Por dentro, tudo é dividido em salas. Algumas possuem interatividade e personagens robóticos. A primeira é dedicada a história, abertura e com uma recepção holográfica do Nino e o relógio que ficava no saguão. Depois, cada sala é uma surpresa mais agradável, vamos para a biblioteca do Gato onde poemas clássico e livros malucos se movimentam. Ou então, o laboratório de Tíbio e Perônio, com experiências malucas e animações. Confesso que na TV parecia bem maior, mas foi tudo bem incrível.
Tic tac, passa o trem, passa hora, chega hora...
Aliás, Tíbio e Perônio pretendem voltar com uma série própria nos próximos anos na TV Cultura. Será que rola? Depois há a sala de invenções do Tio Victor (com raios e trovões), os esgotos de Mau e Godofredo com baratas no chão, a salinha interativa com caixa de música, globo maluco, pianos automáticos e a maquete do circo. Cada cômodo atinge seu cérebro de modo a lembrar: como eu não lembrava disso?
Lá vem o Tíbio e o Perônio...
Em seguida, veio minha sala favorita: a do Etevaldo. O visitante sobe em estruturas que balançam como se estivesse indo  ao espaço, cercado de estrelas holográficas e efeitos brilhantes. E o melhor: bolos planetários e meteoros de brigadeiros como no meu episódio favorito, chovendo em todos os lugares. 
Meu pé, meu querido pé, que me aguenta o dia inteiro!
Após este momento especial, vem a grande atração: o salão principal, que integra a cozinha, o quintal, o quarto do Nino e um anexo de corredor. É lá que vimos a maioria dos personagens, Pedro, Biba, Zequinha, Telekid, Nino, Penélope, Furabolo e sua turma, o Ratinho, e claro, Celeste em sua árvore. Dá para sentar no majestoso sofá colorido e circular, ouvir a musiquinha do lava a mão, lava a outra, tirar fotos com uma Celeste robótica igualzinha a original e muito mais! 

Zeca, Pedro, Biba e Telekid
Na cozinha, as gavetas da parede se abrem, a louça se lava sozinha e o Bongô dança por lá. No quintal, assobios nos levam até Caipora e os irmãos índios! E no anexo que citei, depoimentos dos autores mostram a beleza que foi participar de algo tão grandioso.

Só faltou o Bongô com a pizza, haha
Uma das partes mais divertidas foi poder entrar no quarto do Nino, girando no sofá para dentro da parede. E dentro, o papel de parede de quadrinhos e os soldadinhos de chumbo elevaram o nível de nostalgia. 

Noooossa!
Depois, para quem pensa que acabou, ainda tinha muita coisa para ver. A sala de Morgana e Adelaide, a casa dos Passarinhos com instrumentos diversificados, os lustres do castelo com Lana e Lara e até o subúrbio de Dr. Abobrinha (Pompeu Pompílio Pomposo). Foi uma experiência indescritível, minha felicidade foi imensa e me senti uma criança revendo meu passado. 

Enquanto isso, nos lustres do castelo...
Uma dica, é melhor ir apenas com adultos. As crianças provavelmente não vão entender o que foi aquela exposição porque não faziam parte da época de Castelo, a não ser que seu filho seja sortudo e acompanhe na TV Rá-tim-bum ou na Cultura os episódios do programa, aí nesse caso sim. Caso contrário, a maioria não vai entender. Ou, se preferir, é uma chance de mostrar ao seu filhote o que marcou sua infância. Mas nada de deixar as crianças jogadas e quase quebrando tudo, como vi muitos pais irresponsáveis fazerem!

A árvore da Celeste, crianças adoraram bater na pobre cobra
No mais, eu recomendo mil vezes que todos os fãs devam ir até o MIS para aproveitar essa beleza. Senti apenas a falta daquela musiquinha marota do: Eu vou msotrar para moçada como fazer, aquele ___ bem legal, vocês vão ver", juro que não achei nada sobre isso. Comprei ainda um ímã na lojinha para recordação, mas o Castelo já está guardado no meu peito desde o dia em que nasci. #castelonomis #castelo20anos.

~Murilo/Mud

*Todas as imagens foram tiradas por mim durante minha visita ao MIS, no dia 20 de setembro de 2014. Por isso a baixa qualidade xD.

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